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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Brasil, país do futebol (?)



O futebol foi inventado pelos ingleses, atravessou as fronteiras e chegou ao Brasil, tornando-se o esporte mais popular e nos dando a fama de melhores do mundo. E quando se fala do Brasil a um estrangeiro, é mais que seguro que ele associará o nosso país ao futebol. Entretanto, nossa primazia no esporte bretão anda um pouco comprometida, apesar da recente vitória do Brasil na Copa das Confederações (África do Sul).


Os maiores clubes de futebol italiano contam com uma grande percentual de jogadores brasileiros. No A.C. Milan estão Leonardo (ex-jogador da Seleção e do Milan) como treinador, Ronaldinho Gaúcho, Pato, Dida. A Juventus também é um time com uma certa presença de brasileiros.


E por que estou falando disso? Porque ultimamente tenho ouvido falar muito da crise de gol desses mesmos clubes com grande presença de brasileiros. A torcida do Milan até vaiou os jogadores em uma das partidas e os dirigentes demonstram descontentes com o desempenho do Leonardo. A Juventus, que acabou de contratar o ex-santista Diego e que conta mais dois brasileiros (Amauri e Felipe Melo), perdeu neste domingo para o Palermo.


Aí eu penso: mas nós não somos os melhores no futebol, súditos do Rei Pelé? Então por que os jogadores brasileiros, tão desejados por todos os clubes do mundo, não estão fazendo jus ao título?


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Selinho de Primavera



A Kinha do blog Amiga da Moda me presenteou com este selo lindinho de primavera (apesar daqui ser já outono). Para quem não a conhece, ela escreve sobre moda e nos deixa atualizados sobre as últimas tendências. Tem fotos de desfiles nas principais cidades da moda, das roupas e acessórios da estação e outros assuntos não relacionados ao tema principal.

Desta vez não faço uma lista de blog, mas o dedico a todos os meus seguidores amigos. Sintam-se à vontade em publicá-lo.


As falhas de um país desenvolvido

Quando se fala de Itália, logo associamos a imagem do "país perfeito", como é de praxe pensar assim a respeito da Europa ocidental. Como vocês bem sabem, a Itália responde a muitos quesitos que a fazem ser considerada um país desenvolvido, senão não estaria entre os primeiros da União Europeia. Mas há muitos aspectos que deixam a desejar, incabíveis a um país do Primeiro Mundo. Como a saúde por exemplo.


De um modo geral, o sistema público de saúde é eficiente e está ao alcance de todos. Entretanto, é grande o número de pessoas que não conseguem usufruir de todos os seus benefícios. Há alguns dias li em uma famosa revista semanal italiana sobre as péssimas condições de alguns hospitais do centro-sul da Itália, piores que muitos hospitais e postos de saúde do Brasil.


Outra falha da Itália é a desigualdade social e econômica. Refiro-me ao Mezzogiorno, aquele clássico termo que aprendemos nas aulas de Geografia usado para definir o sul do país, que apresenta uma economia mais defasada em relação ao norte. Consequentemente, na Itália meridional é comum a migração para as regiões setentrionais, onde há mais possibilidades de emprego e melhores condições de vida. Uma história que nos parece tão familiar...


Infelizmente não podemos deixar de citar outra chaga que aflige a Itália há anos. São as organizações criminosas como a Mafia (Sicília), a 'Ndragheta (Calábria) e a Camorra (Nápoles e Campania). Há pouco tempo li o livro Gomorra, do jornalista italiano Roberto Saviano. Lá ele conta com detalhes a ação da máfia napolitana através de uma visão crua da triste realidade. Confesso que quase não aguentei ler alguns trechos do livro.  O livro serviu de inspiração para o filme de mesmo nome, dirigido por Matteo Garrone. 


Para concluir a lista, cito os recentes problemas da escola básica italiana. Apesar do analfabetismo ser quase inexistente e a escola pública que funciona realmente, a educação na Itália ainda apresenta muitas lacunas, fruto de um baixo investimento. Professores são mal pagos, a metodologia e os programas didáticos são obsoletos, os recursos tecnológicos não são suficientes e os alunos cada vez mais desmotivados e abaixo da média europeia na avaliação do desempenho escolar. É uma situação constrangedora que, infelizmente, é a realidade.