Piazzale Michelangelo: após subir o Viale dei Colli, uma alameda que percorre, com seus 6 km de extensão, as colinas ao sul de Florença, chegamos ao famoso Piazzale Michelangelo. É uma praça larga, repleta de barraquinhas de souvenir e de ônibus de excursão, local ideal para registrar uma bela imagem da cidade, para passear por seus jardins ou simplesmente tomar um café admirando o belo panorama de Firenze.
À noite, no lugar de excursionistas e guias, o Piazzale Michelangelo se transforma em um ponto de encontro de jovens. Da última vez que estivemos lá, no final de agosto, não encontramos lugar para estacionar, nem mesmo nas redondezas, por causa de tantos barzinhos e discotecas situados nas proximidades.
O nome do local, como se pôde notar, é uma homenagem a Michelangelo. Bem ao centro, encontra-se uma das cópias da famosa estátua de Buonarroti, o David, além das figuras alegóricas que adornam os túmulos da família Medici na Igreja de San Lorenzo.
Basilica di San Miniato: está localizada em um dos pontos mais altos de Florença e de onde se tem uma vista espetacular do panorama da cidade. Adjacentes à Basílica estão o Monastero di San Miniato e o Cimitero delle Porte Sante (onde estão enterrados ilustres personagens como Carlo Collodi, autor de Pinocchio, Vasco Pratolini, escritor do Novecento italiano, Giovanni Spadolini, primeiro ministro italiano em 1982, Mario Cecchi Gori, produtor cinematográfico, Enrico Coveri, estilista italiano, a família Vespucci, da qual pertencia Américo Vespucio, entre outros).
Ao lado do claustro do Mosteiro de São Miniato, foi construído, em 1295 pelo bispo Andrea de' Mozzi, o Palazzo dei Vescovi (Palácio dos Bispos), destinado à hospedagem veranil dos bispos florentinos. Em 1337, foi incorporado ao mosteiro, mas já serviu de fortaleza, hospital e asilo.
A fachada da Basilica di San Miniato é uma das obras-primas da arquitetura românica na Toscana, construída no século XI. A parte inferior é decorada com arcadas sustentadas por capitéis coríntios e a superior, apresenta um mosaico representante Cristo entre a Virgem Maria e São Miniato.
Chiesa di Santa Maria Novella: a igreja encontra-se a poucos passos da estação ferroviária principal de Florença. Sua construção teve início em 1279, sendo concluída somente em 1348. A fachada, porém foi refeita entre 1456 e 1470 por Leon Battista Alberti, que também projetou o portal e toda a parte acima deste, marcada por placas embutidas e emolduradas por brasões da família Rucellai, os patrocinadores da obra. O campanário gótico é de 1330-50.
O interior da igreja, formado por três naves, é em estilo gótico e lá estão expostas algumas das mais significativas obras da arte florentina e italiana.
Anexo à igreja, encontram-se o Grande Convento com seus claustros (Cappellone degli Spagnoli, Chiostro Grande e o Chiostro dei Morti, ex-cimitério) e o refeitório, integrantes do Museo di Santa Maria Novella.
Chiesa di Orsanmichele: é a igreja das Arti di Firenze, corporações artesanais e de ofícios laicas que existiam durante a Idade Média e cuja função era proteger e garantir os interesses de seus integrantes. A elas atribui-se boa parte do mérito pelo extraordinário desenvolvimento econômico que levou Florença a se tornar uma das mais ricas e potentes cidades durante o período medieval europeu.
Originariamente, havia no lugar da atual igreja um mosteiro feminino com uma grande horta e uma pequena igreja dedicada a San Michele Arcangelo (São Miguel Arcanjo), chamada San Michele in Orto (Horta de São Miguel). Daí derivou o nome Orsanmichele.
Em torno a 1240, a igreja foi destruída para que fosse construído um mercado de grãos. No início do século XV, o edifício foi consagrado como igreja e a partir de então, a pedido do governador da cidade, deu-se início aos trabalhos de decoração por parte das corporações artísticas de Florença. Cada uma delas foi encarregada na construção das estátuas dos santos protetores das artes.
Confesso que quando a vi pela primeira vez, não achei que fosse uma igreja, talvez porque não estivesse acostumada com igrejas retangulares, diferentes daquelas "clássicas". Após percorrê-la toda, observando as estátuas dos santos colocadas nas paredes, percebi o que era realmente.
Piazza della Repubblica: é o centro de Florença desde a época romana e onde havia um grande fórum. Durante o período medieval, a atual praça abrigava o mercado da cidade e o gueto judaico (imposto por Cosimo I). A praça adquiriu a atual forma após a proclamação de Florença como capital da Itália (1865-71).
Museo Casa di Dante: embora Dante Alighieri tenha descrito que nascera nas proxidades da Badia Fiorentina e da Paróquia de San Martino (locais das redondezas), não se sabe com certeza se o edifício que abriga o atual museu tenha sido realmente sua residência.
Torre dei Giuochi, parte das casas que compõem o museo. Os Giuochi eram vizinhos da família de Dante |
É claro que há mais lugares a serem visitados em Florença, como o Museo dell'Accademia, a Chiesa di Santa Croce, os Giardini dei Boboli, o Palazzo Pitti, o Museo del Bargello, a Basilica di Santa Trinita, entre outros.