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terça-feira, 27 de abril de 2010

Não deixe de visitar também em Firenze...

Piazzale Michelangelo: após subir o Viale dei Colli, uma alameda que percorre, com seus 6 km de extensão, as colinas ao sul de Florença, chegamos ao famoso Piazzale Michelangelo. É uma praça larga, repleta de barraquinhas de souvenir e de ônibus de excursão, local ideal para registrar uma bela imagem da cidade, para passear por seus jardins ou simplesmente tomar um café admirando o belo panorama de Firenze.


À noite, no lugar de excursionistas e guias, o Piazzale Michelangelo se transforma em um ponto de encontro de jovens. Da última vez que estivemos lá, no final de agosto, não encontramos lugar para estacionar, nem mesmo nas redondezas, por causa de tantos barzinhos e discotecas situados nas proximidades.


O nome do local, como se pôde notar, é uma homenagem a Michelangelo. Bem ao centro, encontra-se uma das cópias da famosa estátua de Buonarroti, o David, além das figuras alegóricas que adornam os túmulos da família Medici na Igreja de San Lorenzo.



Basilica di San Miniato: está localizada em um dos pontos mais altos de Florença e de onde se tem uma vista espetacular do panorama da cidade. Adjacentes à Basílica estão o Monastero di San Miniato e o Cimitero delle Porte Sante (onde estão enterrados ilustres personagens como Carlo Collodi, autor de Pinocchio, Vasco Pratolini, escritor do Novecento italiano, Giovanni Spadolini, primeiro ministro italiano em 1982, Mario Cecchi Gori, produtor cinematográfico, Enrico Coveri, estilista italiano, a família Vespucci, da qual pertencia Américo Vespucio, entre outros).


Ao lado do claustro do Mosteiro de São Miniato, foi construído, em 1295 pelo bispo Andrea de' Mozzi, o Palazzo dei Vescovi (Palácio dos Bispos), destinado à hospedagem veranil dos bispos florentinos. Em 1337, foi incorporado ao mosteiro, mas já serviu de fortaleza, hospital e asilo.


A fachada da Basilica di San Miniato é uma das obras-primas da arquitetura românica na Toscana, construída no século XI. A parte inferior é decorada com arcadas sustentadas por capitéis coríntios e a superior, apresenta um mosaico representante Cristo entre a Virgem Maria e São Miniato.





Chiesa di Santa Maria Novella: a igreja encontra-se a poucos passos da estação ferroviária principal de Florença. Sua construção teve início em 1279, sendo concluída somente em 1348. A fachada, porém foi refeita entre 1456 e 1470 por Leon Battista Alberti, que também projetou o portal e toda a parte acima deste, marcada por placas embutidas e emolduradas por brasões da família Rucellai, os patrocinadores da obra. O campanário gótico é de 1330-50.


O interior da igreja, formado por três naves, é em estilo gótico e lá estão expostas algumas das mais significativas obras da arte florentina e italiana.


Anexo à igreja, encontram-se o Grande Convento com seus claustros (Cappellone degli Spagnoli, Chiostro Grande e o Chiostro dei Morti, ex-cimitério) e o refeitório, integrantes do Museo di Santa Maria Novella.



Chiesa di Orsanmichele: é a igreja das Arti di Firenze, corporações artesanais e de ofícios laicas que existiam durante a Idade Média e cuja função era proteger e garantir os interesses de seus integrantes. A elas atribui-se boa parte do mérito pelo extraordinário desenvolvimento econômico que levou Florença a se tornar uma das mais ricas e potentes cidades durante o período medieval europeu.


Originariamente, havia no lugar da atual igreja um mosteiro feminino com uma grande horta e uma pequena igreja dedicada a San Michele Arcangelo (São Miguel Arcanjo), chamada San Michele in Orto (Horta de São Miguel). Daí derivou o nome Orsanmichele.


Em torno a 1240, a igreja foi destruída para que fosse construído um mercado de grãos. No início do século XV, o edifício foi consagrado como igreja e a partir de então, a pedido do governador da cidade, deu-se início aos trabalhos de decoração por parte das corporações artísticas de Florença. Cada uma delas foi encarregada na construção das estátuas dos santos protetores das artes.


Confesso que quando a vi pela primeira vez, não achei que fosse uma igreja, talvez porque não estivesse acostumada com igrejas retangulares, diferentes daquelas "clássicas". Após percorrê-la toda, observando as estátuas dos santos colocadas nas paredes, percebi o que era realmente.

Parte posterior da Igreja de Orsanmichele com as estátuas, da direita para a esquerda, de: San Luca (São Lucas), de Giambologna, L'Incredulità di San Tommaso (A Descrença de São Tomé), de Verrocchio, e San Giovanni Battista (São João Batista), de Ghiberti
L'Incredulità di San Tommaso (Andrea Verrocchio, 1467-1483)

Piazza della Repubblica: é o centro de Florença desde a época romana e onde havia um grande fórum. Durante o período medieval, a atual praça abrigava o mercado da cidade e o gueto judaico (imposto por Cosimo I). A praça adquiriu a atual forma após a proclamação de Florença como capital da Itália (1865-71).



Museo Casa di Dante: embora Dante Alighieri tenha descrito que nascera nas proxidades da Badia Fiorentina e da Paróquia de San Martino (locais das redondezas), não se sabe com certeza se o edifício que abriga o atual museu tenha sido realmente sua residência.

Torre dei Giuochi, parte das casas que compõem o museo. Os Giuochi eram vizinhos da família de Dante

É claro que há mais lugares a serem visitados em Florença, como o Museo dell'Accademia, a Chiesa di Santa Croce, os Giardini dei Boboli, o Palazzo Pitti, o Museo del Bargello, a Basilica di Santa Trinita, entre outros. 



sábado, 10 de abril de 2010

Firenze: La Galleria degli Uffizi


Galleria degli Uffizi é o lugar ideal para os amantes da arte. É um dos museus mais visitados do mundo e expõe obras dos mais célebres pintores e escultores de todos os tempos como Michelangelo, Botticelli, só para citar alguns.

Sob comissão de Cosimo I de' Medici a Giorgio Vasari, o Palazzo degli Uffizi foi construído entre 1560 e 1580 nas adjacências do Palazzo Vecchio para alojar as repartições do poder judiciário e civil da cidade. Para construir o famoso edifício que se apresenta em forma de U e se estende em direção ao rio Arno, foi necessário a demolição parcial de uma antiga igreja, a Chiesa di San Piero Scheraggio.

Francesco I de' Medici, sucessor de Cosimo I, foi o primeiro a dar ao Palazzo degli Uffizi a atual função de galeria de arte, expondo suas coleções privadas. Ao longo dos séculos, a galeria foi enriquecida com obras preciosas doadas pela família Medici até se transformar, com um pacto estabelecido entre os Medici e os Lorena, no primeiro museu de arte de Florença. A partir do século XVI, a Galleria degli Uffizi foi se enriquecendo cada vez mais com as ininterruptas aquisições.

Seguem abaixo algumas das mais importantes obras conservadas na Galleria degli Uffizi:

La Nascita di Venere (O Nascimento de Vênus), Sandro Botticelli. Têmpera sobre tela, 172x278,5, 1484-86. O sujeito provavelmente deriva das Metamorfoses e dos Faustos, importantes obras do poeta latino Ovídio, quando Vênus recebe um manto de uma Hora (as Horaes eram as deusas das estações)
Tondo Doni (Sacra Famiglia con San Giovannino - Sagrada Família con São João Batista menino), Michelangelo Buonarroti. Têmpera sobre tela, 12o diam., 1507 aprox. Foi realizado para o casamento de Agnolo Doni com Maddalena Strozzi. Trata-se de uma célebre obra executada quando Michelangelo tinha apenas 30 anos e que já possuía, além de um grande talento e de uma técnica impecável, um profundo conhecimento de anatomia e de caracterização e individuação dos personagens

Infelizmente ainda não consegui visitar a Galleria degli Uffizi. Das vezes que estive lá, ou estava fechado o museu ou tínhamos pouco tempo a disposição. Paciência, pelo menos pude observar e fotografar alguns dos personagens ilustres da Toscana que ganharam fama na Itália e no mundo, imortalizados nas estátuas expostas do lado de fora da Galeria. Alguns dos célebres vultos expostos são:

Sommo Poeta (Sumo Poeta) do Dolce Stil Novo e da famosa Divina Comédia, Dante Alighieri
O erudito poeta de lingua latina, Francesco Petrarca, autor do Canzoniere (coleção de obras líricas escritas em língua vulgar toscana - antecessora do italiano moderno)
O autor do Decamerão e um dos maiores narradores italianos e europeus do Humanismo renascentista, Giovanni Boccaccio
O fundador do pensamento e da ciência política moderna, autor de O Príncipe, Niccolò Macchiavelli (Nicolau Maquiavel)
Lorenzo de' Medici, o Magnífico, senhor de Florença e grande literato
Francesco Guicciardini, filósofo, escritor e historiador do Humanismo Renascentista italiano


Leonardo Da Vinci, Michelangelo Buonarroti e Donatello: os três ases da arte renascentista italiana
Giotto, pintor do século XII de grande importância para Florença e a Itália
Galileo Galilei (Galileu Galilei), famoso físico, astrônomo, filósofo e matemático pisano, fundador da ciência moderna
O navegador, mercador e geógrafo que batizou nosso continente com o seu nome, Amerigo Vespucci (Américo Vespucio)
Francesco Ferrucci, senhor feudal e comandante italiano a serviço da República de Florença. Foi um mártir da história de Florença, a ponto de se tornar símbolo do sentimento e do orgulho nacional durante o Risorgimento (período que antecede a Unificação Italiana). É até citado no Inno di Mameli (o Hino Nacional Italiano)

Claro que ainda tem mais estátuas de outros personagens importantes que se fosse fotografá-los, levaria horas e acabaria deixando meus acompanhantes de viagens impacientes. E também o texto ficaria muito longo e cansativo. Fica a cargo de vocês a visita in loco e a descrição nos comentários.



Para mais informações, consulte o site oficial da Galleria degli Uffizi.