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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Comemorações e tradições do Ano Novo na Itália

Fogos de artifício na cidade de Turim, Itália

O Ano Novo é a festa mais esperada e comemorada no mundo todo. As pessoas fazem suas promessas para o ano vindouro, as cidades se embelezam com as espetaculares apresentações de fogos de artifício e não resistimos à tentação da contagem regressiva nos últimos segundos que antecedem o novo ano. 

Dizem que a primeira comemoração do Ano Novo aconteceu na Mesopotâmia (atual Iraque) 2000 anos antes de Cristo. A festa começava no equinócio de primavera (em março no hemisfério norte e em setembro no hemisfério sul), quando o sol se aproxima da linha do Equador fazendo com que os dias e as noites tenham a mesma duração.

Em 46 a.C., o imperador Júlio César decretou o dia do Ano Novo no dia 1º de janeiro, dia dedicado ao deus romano Jano (que deu origem ao nome do mês de Janeiro). Na Mitologia Romana, Jano era o porteiro celestial de duas cabeças, uma representando o passado e a outra o futuro, responsável por abrir as portas para o ano que estava chegando. Durante a Idade Média, ainda havia uma grande variedade de datas que indicavam o início do ano em alguns países europeus; até o início de 1600, o Ano Novo na Espanha coincidia com o Natal, na França, até 1564 o Réveillon era na Páscoa e na República de Veneza, no dia 1º de março. Essa confusão de datas teve fim em 1694, quando o Papa Inocêncio XII estabeleceu que o ano deveria começar no dia 1º de janeiro, segundo o calendário gregoriano.

Cada povo tem suas tradições e superstições para receber o novo ano. Os italianos costumam usar roupa íntima vermelha para dar sorte. À mesa da ceia não podem faltar o cotechino (uma espécie de linguiça feita com carne gorda de porco) e zampone (pé de porco) com lentilhas para trazer dinheiro no ano que está para vir. Em Veneza, a cidade romântica, os casais se beijam à meia-noite na Piazza San Marco ao som dos 12 toques do sino. E para finalizar a noite, não pode faltar a famosa tombola (uma espécie de loto/bingo), jogada com parentes e amigos. 

Sempre me perguntei de onde surgiu a moda de se vestir de branco durante o Réveillon no Brasil. Achei que fosse alguma tradição ligada ao Candomblé ou por motivos comerciais. O 1º de janeiro, além de ser Dia de Nossa Senhora, mãe de Jesus, é também o Dia Mundial da Paz, instituído em 1968 pelo Papa Paulo VI. Pela teoria do "achismo", deve ser por esta razão que os brasileiros adotaram o branco para festejar no Ano Novo, já que é uma cor que simboliza a paz na cultura ocidental.



Réveillon vem do verbo francês réveiller, despertar em português.



domingo, 26 de dezembro de 2010

Dia de Santo Estêvão


O dia de Santo Estêvão é comemorado no dia 26.12 pela Igreja Católica Apostólica Romana, logo após o nascimento de Cristo. Aqui na Itália é feriado neste dia.

Santo Estêvão (Santo Stefano em italiano) foi o primeiro mártire cristão, lapidado em Jerusalém enquanto pregava a palavra de Deus aos seus perseguidores. Provavelmente, Estêvão foi um hebreu educado nos cânones da cultura helênica e um dos primeiros judeus a se tornar cristão e diácono da Igreja católica, segundo os Atos dos Apóstolos.

Entre 33 e 34 d.C., os hebreus helênicos, diante do grande número de convertidos à nova fé, acusaram Estêvão de pronunciar blasfêmias contra Moisés e Deus. Foi acusado injustamente e levado fora da cidade para ser lapidado. Os Atos dos Apóstolos dizem que Estevão foi sepultado por alguns cristãos que não permitiram que seu corpo fosse deixado a mercê dos abutres, como era comum à época

Passados muitos anos de sua morte, a história de suas relíquias virou lenda. Em 415, um sacerdote chamado Luciano teve um sonho em que Santo Estêvão e outros apóstolos estavam tristes por terem sido enterrados sem honras e queriam um lugar onde pudessem ser cultuadas suas relíquias. Assim, Deus salvaria o mundo destinado a destruição pelos pecados cometidos pela humanidade. Encontrado o lugar da sepultura coletiva e com o acordo do bispo de Jerusalém, iniciou-se a escavação para o resgate das relíquias, notícia esta que fez furor em todo o mundo cristão. O imperador Constantino havia sancionado a lei de liberdade ao novo culto em século antes. As relíquias foram trasladadas para a Igreja de Sion, em Jerusalém. Posteriormente, durante as Cruzadas do século XIII, grande parte delas foram roubadas e levadas para a Europa.

Na Itália, Santo Estêvão é muito venerado e seu dia é feriado nacional. São 14 municípios e centenas de igrejas que levam seu nome, além de ser o patrono de muitas localidades italianas. Artisticamente é representado com a dalmática, o vestuário litúrgico dos diáconos, e seus atributos são as pedras e palmas. É invocado aos que sofrem de cálculos renais e é o padroeiro dos pedreiros.

Giorgio Vasari, Martirio di Santo Stefano, 1571

Charles Mellin, Lapidação de Santo Estêvão, Saint-Etienne, Abbaye-aux-Hommes, Caen


Fonte: Santi Beati


sábado, 25 de dezembro de 2010

Urbi et Orbi - 25.12.2010

A Urbi et Orbi, literalmente "à cidade (de Roma) e ao mundo", era uma abertura comum em pronunciamentos romanos. Hoje é uma bênção que o Papa pronuncia ao público, da varanda central da Basílica de São Pedro, na Páscoa e no Natal.

É uma emoção ouvir em português a bênção. Ainda mais sendo uma das primeiras da lista em meio a tantas outras línguas mundiais. 

Segue a Urbi et Orbi do Natal de 2010



quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Feliz Natal!


A todos aqueles que durante o ano compartilharam comigo novos textos, que participaram enviando comentários, aos "esquecidos" a quem aproveito para pedir desculpas pela ausência, aos novos amigos blogueiros e leitores conquistados este ano, um Natal de muita luz e paz do Menino Jesus no coração de cada um de vocês e dos seus caros familiares e amigos.

São os meus mais sinceros votos.


Fiquem com um vídeo muito bonito e divertido sobre o nascimento de Cristo:





Agradeço as mensagens de Natal que alguns amigos já me enviaram. Fico muito feliz pelo carinho e a amizade demonstrados!



quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O presépio e sua história


Natal sem presépio não é Natal. Desde que me conheço por gente, sempre montei o presépio lá em casa, inspirando-me no da minha avó paterna. Na casa dela, aliás, não tinha árvore enfeitada, Papai Noel ou luzinhas coloridas. Havia somente um presépio na saleta, pequeno mas gracioso, com os personagens principais: Nossa Senhora, São José, o Menino Jesus, o burrinho, a vaca, alguns carneiros, os três Reis Magos, o Anjo e um pastor. À meia-noite do dia 24 para o dia 25, o Menino Jesus era colocado na manjedoura, como manda a tradição portuguesa da qual pertence minha família. Passava horas e horas olhando e desejando aquele presépio, tanto que minha avó me deu um de presente na minha Primeira Comunhão, em 1992, e que existe ainda hoje. Aqui na Itália não podia ser diferente e acabei ganhando um presépio, já pronto e quase completo, que coloco todo ano na sala da minha casa.

A tradição do presépio remonta a São Francisco de Assis que, em 1223, realizou a primeira representação viva da Natividade na cidade de Greccio, Itália, para explicar de uma maneira mais simples aos camponeses a história do nascimento de Cristo. Entre 1290 e 1292, o presépio ganha forma nas mãos do artista italiano Arnolfo di Cambio (as estátuas originais remanescentes se encontram no Museo Storico da Basílica de Santa Maria Maggiore de Roma) e chega aos nossos dias, recebendo, ao longo dos anos, influências de diferentes tradições.

Entre os séculos XV e XVI, as igrejas começaram a expor estátuas que simbolizavam o nascimento de Jesus, algumas até permanentes. No século XVII, o presépio entra nas casas dos nobres a convite do papa, que admirava sua forma simples e acessível de difundir a fé cristã, e logo ganhou popularidade em todas as classes sociais. Em Nápoles, durante o século XVIII, as famílias competiam entre si para ver quem possuia o presépio mais bonito e grandioso, que chegava a ocupar cômodos inteiros.

Hoje é tradição em todo o mundo e há diferentes modos de representar a Natividade de acordo com os costumes e culturas locais. Aqui mesmo na Itália, há uma infinidade deles que variam de região para região e até mesmo de cidade para cidade. O mais famoso e tradicional é o presépio napolitano, considerado uma verdadeira obra de arte. É comum acrescentar figuras da cultura napolitana ou celebridades famosas, como é o caso de Maradona, idolatrado pelos torcedores do Napoli até hoje. Os gostos e materiais também mudam e se tornam mais modernos, como o presépio de luz da cidade de Manarola, nas Cinque Terre, construído em 2007 com materiais recicláveis. É o maior do mundo, composto por 300 personagens distribuídos em 4000 metros quadrados e iluminados por 15000 luzinhas. 

É muito comum também encontrarmos presépios de outras nacionalidades nos mercadinhos e exposições de Natal aqui na Itália. O mais difuso é o peruano, com personagens caracteristicamente andinos e feito à maneira local. Já vi também presépio com personagens representando os africanos, os indianos, os asiáticos e os europeus, de todos os gostos e culturas.

Prespe di Greccio, Giotto (1290-1295). Afresco que figura a primeira representação da Natividade por São Francisco de Assis, exposto na Basilica Superiore di Assisi, em Assisi, Itália

Esculturas de Arnolfo di Cambio (1280) expostas na Igreja de Santa Maria Maggiore, Roma  (Foto: Stabia Channel)

Presépio napolitano (foto: Bedandbreakfast mania.com)

Figuras inusitadas inseridas no presépio napolitano (foto:  viaggiarefelici.com)

Presépio de luzes de Manarola, nas Cinque Terre, na região da Ligúria (foto:  Lucadea.com)

Presépio da Praça de São Pedro, Vaticano (foto: Flickr de Air Force One)

Presépio exposto na Basílica de São Pedro, Vaticano (foto: Flickr di Allibito)


Presépio na Basílica de Santa Maria Maggiore, Bergamo

Presépio exposto na vitrine de alguma loja de Bergamo Alta 

Museu do Presépio, Dalmine,  província de Bergamo  (foto: Blog di Comuni-Italiani.it)

Presépio montado pelo vizinho de casa, em Piamborno, província de Brescia

Presépio andino e africano

Para quem gosta de presépios:







terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Ceia e almoço de Natal na Itália

Ceia de Natal, 1905, aquarela. Carl Larsson (Suécia, 1853-1919)

O Natal é um dos períodos mais esperados do ano e até arrisco a dizer que, no Brasil, supera o Carnaval, já que esta festa não agrada a gregos e troianos. Eu me lembro das reuniões familiares nas casas das minhas avós (Natal em São Paulo, com a família paterna e Ano Novo em Minas Gerais, na casa dos meus avós maternos), dos presentes (que são muitos quando somos crianças) e das tradicionais ceias em que não podiam faltar o peru/chester/tender ou a leitoa assada, sempre acompanhados daquela farofinha bem brasileira, arroz com uvas passas, salpicão e salada de maionese (salada russa).

Quando vim para a Itália, conheci uma outra maneira de se festejar o Natal. Aqui, as comemorações desta época do ano variam de região para região, bem como os pratos servidos. Tradicionalmente, em algumas localidades italianas não há a ceia da Véspera e sim o almoço no dia 25. As famílias vão à igreja participar da Missa do Galo (Messa di Mezzanotte) e só no almoço é que trocam presentes e se reúnem. Hoje, muitas dessas tradições foram misturadas com usos de outras regiões da Itália ou substituídas pelos costumes modernos e "globalizados". 

O prato servido, tanto na ceia como no almoço, não é único em todo o país, como acontece no Brasil. Também não vemos o bom e velho peru ou leitoa nas mesas dos italianos, uma moda que já teve seu apogeu na Europa do século XVI e agora é uma tradição que importamos dos EUA. Cada região tem seu prato típico de Natal, embora se diga que os espaguetes com atum sejam o símbolo da ceia da Véspera. A Daphne, do blog Mamães na Itália, publicou uma lista (em italiano) de pratos natalinos típicos de cada região da Itália e que vocês podem conferir aqui. Na ceia e no almoço aqui em casa, acabo misturando um pouco a culinária italiana com a brasileira e até mesmo internacional. Não faço aquela típica ceia brasileira, muito trabalhosa e difícil de se encontrar, mas pratos um pouco mais elaborados que costumo preparar durante o ano em ocasiões especiais.

Mas os protagonistas da culinária natalina italiana são os famosos doces Panettone e Pandoro. O primeiro, nasceu em Milão no final do século XV e conquistou o paladar de toda a Itália e do mundo. Já o segundo, nascido no final do século XIX em Verona, por Domenico Melegatti, é o concorrente do panetone e também muito apreciado pelos italianos. 

O tradicional panetone milanês

Pandoro, sem confeitos e servido com açúcar de confeitaria





sábado, 18 de dezembro de 2010

Natal em Bergamo (Itália), 2010

De repente, eis que se aproxima o Natal e, com ele, mais um ano novo. E assim, as ruas ganham um brilho especial e alegram os passantes com seus enfeites natalinos.

Seguem abaixo algumas fotos da cidade de Bergamo, no norte da Itália, enfeitada para o Natal. 

Mercadinhos de Natal, tradição na Europa (Piazza degli Alpini)

Sentierone

Via Torquato Tasso

Via Torquato Tasso

Via Gabriele Camozzi

Piazza degli Alpini

Piazza degli Alpini


Capelinha de Santa Luzia (Piazza Giacomo Matteoti)


No norte da Itália, Santa Luzia presenteia as crianças no dia 13 de dezembro

Santa Luzia cedeu seu lugar para uma árvore de Natal e os coroinhas canoros 


Piazza Giacomo Mateotti


Via XX Settembre

Igreja de Santa Maria Immacolata delle Grazie

Igreja de Santo Spirito

Presépio doce

Tabuleiro de xadrez de chocolate com papais-noéis

Igreja de San Bartolomeo


Presépio na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Bergamo Alta

Via del Gombito

Presépio exposto em um açougue de Bergamo Alta


E sua cidade, como está enfeitada? Que tal publicar as fotos de Natal de sua cidade (de qualquer lugar do mundo) aqui no blog? Envie no máximo 5 fotos para o endereço blogue.lanostraitalia@gmail.com indicando o lugar de onde foram fotogradas. Será um prazer compartilhar com todos os preparativos desta festa tão especial!


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Concurso Milano sotto la luce

O Corriere della Sera.it (versão digital de um dos jornais mais importantes da Itália), com a colaboraçao do Comune di Milano, está promovendo um concurso de fotos das luzes da cidade meneghina em ocasião do Festival Internazionale della Luce e do projeto Led - Milano sotto la luce. Os leitores interessados que se encontram em Milão (residentes ou não) podem participar enviando as fotos para o site do Corriere della Sera e ainda concorrem a prêmios bem interessantes, como um televisor Led LG, um iPad com Wi-Fi e 10 bônus de 50 euros utilizáveis nas livrarias Rizzoli.it.

Todas as informações e regulamento do concurso se encontram aqui (em língua italiana).

Boa sorte e feliz Natal!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Festa de Santa Luzia na Itália


Dia 13 de dezembro comemoramos o dia de Santa Luzia, a santa protetora dos olhos e da luz  (seu nome deriva do latim lux) que foi martirizada por demonstrar seu amor e fé por Jesus Cristo em tempos difíceis aos cristãos. Ela também é a santa padroeira dos eletricistas, das carências e da cidade de Siracusa.

A história conta que Luzia, nascida por volta de 280 d.C. em Siracusa, na região italiana de Sicília, era uma jovem de família rica, órfã de pai, que doou todo seu dote nupcial aos pobres e recusou o casamento com um jovem pagão após confirmar sua fé em Cristo e curar sua mãe, com a intercessão de Santa Ágata de Catânia. Seu noivo, inconformado com a decisão de sua futura esposa, denunciou Luzia ao governo romano. Naquela época, o imperador Diocleciano não perdoava os seguidores do novo culto (o cristianismo) e castigou Luzia mandando-na a um prostíbulo. Porém, a jovem permaneceu imóvel, apesar de todos os esforços dos robustos homens do imperador em tentar deslocá-la. Ilesa das torturas, Luzia é então decapitada, preanunciando antes a queda de Diocleciano e a paz aos cristãos. 

Segundo uma antiga lenda, a santa teria arrancado os próprios olhos entregando-os em um prato ao imperador que a torturara e provando que não renegaria jamais sua fé em Cristo. Foi enaltecida pelo poeta Dante Alighieri em sua célebre obra, A Divina Comédia, como a graça iluminadora, jutamente com a Virgem Maria e sua mãe, Santa Ana. É também invocada como a santa das carências devido a um milagre que se verificou em Siracusa, no ano de 1646, após um longo período de fome e escassez, com a chegada de um navio carregado de cereais.

As relíquias da santa, levadas a Constantinopla (atual Istambul, Turquia) foram trazidas novamente para a Itália por mercadores venezianos e hoje estão conservadas na Igreja de San Geremia, em Veneza. 






O dia da santa é comemorado em várias cidades italianas, principalmente naquelas sicilianas, e em outros países do mundo. No norte da Itália, a figura da santa está relacionada com a do Papai Noel e da Befana, pois é tradição dar prendas para as crianças na noite do dia 12 de dezembro. Elas deixam seus sapatinhos nas janelas juntamente com laranjas e biscoitos para a santa, feno para o burrinho que carrega os presentes e pão e vinho para Gastaldo, o ajudante de Santa Lucia que conduz o burrinho. As crianças devem ser obedientes e ir dormir cedo para não levarem cinzas nos olhos.

Na década de 1930, tornou-se uso que as crianças escrevessem uma cartinha à santa elencando os presentes que gostariam de ganhar e declarando de merecê-los por terem sido obedientes durante o ano. Este uso foi passado para as gerações seguintes e hoje é muito comum vermos lojas e supermercados que distribuem e recolhem as cartinhas para Santa Luzia.


Capelinha de Santa Luzia em Bergamo


Santa Luzia (esquerda) e os presentes das crianças


Desde 1961, o jornal Eco di Bergamo decora o centro da cidade com uma capelinha dedicada a Santa Luzia destinada a recolher fundos para as crianças pobres. A ideia surgiu do então diretor do jornal provincial, monsenhor Andrea Spada, e hoje é uma tradição da cidade de Bergamo.





segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

8 de Dezembro: festa da Imaculada Conceição

"Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres." (Lucas 1:28)


No próximo dia 8 será feriado aqui na Itália em ocasião da festa da Imaculada Conceição. A Igreja Católica celebra com solenidade neste dia o dogma que papa Pio IX definiu, em sua bula Ineffabilis Deus e com base em diversas passagens da Bíblia, a respeito da concepção divina e sem manchas do pecado original da Virgem Maria.


"A doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante da sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus, e por isto deve ser crida firme e inviolavelmente por todos os fiéis."  (Dogma da Imaculada Conceição)


"Tu és toda formosa, meu amor, e em ti não há mancha." (Cânticos 4:7)




domingo, 5 de dezembro de 2010

Itália: cidades do bem viver (Globo Repórter - 03/12/2010)

O Globo Repórter da última sexta-feira, 3 de dezembro, apresentou uma reportagem sobre a Itália. O tema principal tratou de um novo ritmo de vida muito em voga ultimamente, mais lento e saudável, e a importância da preservação da cultura e dos produtos locais.






quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Foto do dia



Hoje (ou melhor, ontem), a neve acabou chegando aqui na Valle Camonica também. Ainda tinha pouca neve quando tirei a foto.

Pode ser bonita e ter até um certo glamour, mas o fato é que a neve também trás muitos transtornos. Em cidades grandes então, é um caos! Depois que ela derrete, forma uma  camada de gelo bem escorregadia e que pode ser perigoso aos mais desprevenidos. E se seu carro não tiver pneus de neve ou correntes para eles, é melhor desistir de tentar subir alguma ladeirinha e tomar muito cuidado com a velocidade.

Agora se você estiver em casa ou em qualquer lugar confortável e quentinho, de preferência debaixo das cobertas ou em frente a uma lareira, ou ainda se é a primeira vez que você a vê, aí sim a neve se torna um espetáculo aos nossos olhos.