Seguem os vídeos do último dia de Pompeia, dublados em italiano e com explicações de Piero e Alberto Angela, dois apresentadores muito famosos aqui na Itália. Eles são mais longos, mas vale a pena assistir:
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sábado, 30 de julho de 2011
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Pompeia: O Último Dia
Olá pessoal!
Lendo o blog Tô indo para a Itália (super recomendado), escrito pelo Márcio, descobri uns vídeos muito bons no youtube sobre o fim de Pompeia. É um documentário produzido pela emissora inglesa BBC e que eu já tinha visto dublado em italiano e com explicações em um vídeo produzido por dois apresentadores famosos na Itália, Piero e Alberto Angela.
Os vídeos são em inglês mas legendados em português. Divirtam-se!
Os próximo vídeos repetem uma parte do último apresentado acima e não são legendados:
Espero que tenham gostado. Proximamente publicarei os vídeos dublados em italiano e com as explicações dos apresentadores.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
International Milan
A jornalista Katia Fernandes, que trabalha para a revista online Néoenews, está divulgando uma notícia sobre o turismo na cidade de Milão e manda seu release para nós do blog La Nostra Italia.

Néo apresenta Milão Internacional:
Milão esta entre as 5 top destinações para ser visitada este ano de acordo com o New York Times. E aqui você vai saber o porquê.
Milão é sem dúvida umas das estrelas do ano passado. E o New York Times a colocou entre os 5 lugares mais “interessantes” a serem visitados em 2011. No ano passado, apesar da crise, foi uma das poucas cidades italianas que viu um aumento no número de turistas comparados ao ano anterior (+8%). Não é somente isso, é a primeira metrópole do século XXI a abrir um novo Museu na sua praça central e a única a organizar o Fuori Salone eventos, que envolveu toda cidade, atraindo turistas do mundo inteiro. É também a capital da moda, do design e da ópera e a casa dos campeões mundiais de futebol. Finalmente, é a cidade da EXPO 2015 que vai colocá-la em evidência para o mundo.
Pela primeira vez Néo e-magazine está dedicando uma edição inteira à cidade de Milão. A edição especial está disponível aqui.
Um tributo à cidade que este ano viu um aumento no seu crescimento, com foco no “turismo cultural chic” e em sua nova identidade cosmopolita que foi redesenhada pela vanguarda e criatividade. Na introdução da edição de Néo, para aqueles que querem saber sobre a nova identidade da cidade, há uma mini-guia com os lugares imperdíveis: dos museus ao Teatro La Scala e dos locais religiosos aos itinerários Leonardescos. Para aqueles que querem saber mais sobre a cena criativa de Milão, das instalações e dos eventos do Fuori Salone, das estrelas famosas do mundo e dos chefs artísticos. Finalmente há a EXPO 2015 Milão dedicada à qualidade e segurança do alimento representará um salto na economia no setor alimentar de Milão e da Itália em geral. Para compreender melhor o que a EXPO significará para o futuro da cidade recorremos às edições precedentes da Néo em torno do mundo.
Um triunfo de sucesso que está também na internet. Milão decidiu focalizar no Turismo 2.0, fazendo a cidade interativa e disponível a todo momento somente com um clique. Néo está dedicando também uma atenção especial ao site www.tourism.milan.it o qual, em apenas um ano, cresceu de 200.000 para quase 2 milhões de visitantes.
Para informação: www.tourism.milan.it
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Itinerários de Pompeia (Parte III)
Olá, pessoal!
Não imaginava que tinha tanta coisa para ver em Pompeia. Quando estivemos lá não havíamos planejado o passeio, fazia muito calor (apesar de ter sido já em setembro) e não podíamos demorar porque tínhamos que ir a Siena e chegar ao hotel no horário estabelecido durante a reserva. Foi uma pena pelas fotos, tiradas com uma câmera velhinha do meu namorado, já que a minha compacta não tinha cartão de memória na época (e eu já havia fotografado muita coisa durante a viagem de navio para a Sicília e durante minha estadia por lá).
Bom, chega de conversinhas e vamos ao que interessa: a continuação dos itinerários de Pompeia.
Se você tem o dia todo à disposição (o recomendado) e não estiver cansado depois de ter seguido os percursos do itinerário I e II, poderá visitar ainda:
Casa degli Amorini Dorati (Casa dos Querubins Dourados)
Foi assim batizada por causa de umas decorações, representadas pelos cupidos, encontradas em um dos quartos da casa. Era a casa de uma rica família, pertencentes ao gens Poppaea, talvez a família de Popeia, a segunda esposa do imperador Nero.
Foram encontradas estátuas de divindades gregas e animais, máscaras teatrais penduradas e encaixadas nos muros e medalhões contra o mal-olhado entre as colunas que circundam o jardim, todos de gosto refinado e de boa qualidade.
Foi assim batizada por causa de umas decorações, representadas pelos cupidos, encontradas em um dos quartos da casa. Era a casa de uma rica família, pertencentes ao gens Poppaea, talvez a família de Popeia, a segunda esposa do imperador Nero.
Foram encontradas estátuas de divindades gregas e animais, máscaras teatrais penduradas e encaixadas nos muros e medalhões contra o mal-olhado entre as colunas que circundam o jardim, todos de gosto refinado e de boa qualidade.
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Jardim da casa |
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Uma das decorações |
Casa delle Nozze d'Argento (Casa das Bodas de Prata)
Seu nome foi uma homenagem às bodas de prata dos reis da Itália, Humberto e Margarida de Savoia, no ano de 1893. É uma casa do século II a.C., apresenta um atrio alto com quatro grandes colunas coríntias que sustentam o teto. Há dois jardins, um dos quais com terma e uma piscina externa.

Seu nome foi uma homenagem às bodas de prata dos reis da Itália, Humberto e Margarida de Savoia, no ano de 1893. É uma casa do século II a.C., apresenta um atrio alto com quatro grandes colunas coríntias que sustentam o teto. Há dois jardins, um dos quais com terma e uma piscina externa.

Casa di Marco Lucrezio Frontone
Nesta casa foram encontradas decorações muito requintadas, consideradas superiores àquelas de Roma. Os protagonistas dessas pinturas eram paisagens marinhas, representações lendárias greco-romanas e cenas de caça.
Nesta casa foram encontradas decorações muito requintadas, consideradas superiores àquelas de Roma. Os protagonistas dessas pinturas eram paisagens marinhas, representações lendárias greco-romanas e cenas de caça.
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As bodas de Marte e Vênus, pintura encontrada na parede do escritório da casa |
Porta di Nola e Necropoli (Porta de Nola e Necrópole)
A Porta de Nola era uma das outras entradas importantes de Pompeia. Atravessando o arco, onde figura uma estátua de Minerva, foi encontrada mais uma Necrópole. As escavações trouxeram à luz as sepulturas de alguns ilustres da cidade e um depósito para incineração dos defuntos. Até onde eu sei, os gregos cremavam os corpos daqueles que partiam para sempre, ao contrário dos egípcios, que embalsamavam seus mortos e os depositavam em túmulos, mas só para quem era rico (pelo menos assim diz a História). Eu achava que a tradição do enterro tivesse começado com o Cristianismo, mas pelo visto os romanos já o faziam.
Terme Stabiane (Termas Estabianas)
Aqui começa o percurso por aquela que era a rua mais badalada de Pompei, cheia de bares, restaurantes, mercados, padarias, oficinas e casas residenciais.
A primeira parada é nas Termas Estabianas, as mais antigas de Pompeia, datadas do século II a.C. Era um edifício construído em uma área de mais de 3500 mq e articulados em duas seções, uma masculina e outra feminina. Aqui havia um grande espaço, posicionado ao centro do complexo termal, usado como academia de ginástica e uma piscina. Além dos elementos fundamentais que compunham uma terma, como o apodyterium (vestiário), frigidarium (local para banhos frios), tepidarium (local para banhos mornos) e o caldarium (sala para banhos quentes), não podia faltar também na de Estabia as decorações nos tetos e paredes.

A Porta de Nola era uma das outras entradas importantes de Pompeia. Atravessando o arco, onde figura uma estátua de Minerva, foi encontrada mais uma Necrópole. As escavações trouxeram à luz as sepulturas de alguns ilustres da cidade e um depósito para incineração dos defuntos. Até onde eu sei, os gregos cremavam os corpos daqueles que partiam para sempre, ao contrário dos egípcios, que embalsamavam seus mortos e os depositavam em túmulos, mas só para quem era rico (pelo menos assim diz a História). Eu achava que a tradição do enterro tivesse começado com o Cristianismo, mas pelo visto os romanos já o faziam.
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Porta Nola, entrada para a Necrópole |
Terme Stabiane (Termas Estabianas)
Aqui começa o percurso por aquela que era a rua mais badalada de Pompei, cheia de bares, restaurantes, mercados, padarias, oficinas e casas residenciais.
A primeira parada é nas Termas Estabianas, as mais antigas de Pompeia, datadas do século II a.C. Era um edifício construído em uma área de mais de 3500 mq e articulados em duas seções, uma masculina e outra feminina. Aqui havia um grande espaço, posicionado ao centro do complexo termal, usado como academia de ginástica e uma piscina. Além dos elementos fundamentais que compunham uma terma, como o apodyterium (vestiário), frigidarium (local para banhos frios), tepidarium (local para banhos mornos) e o caldarium (sala para banhos quentes), não podia faltar também na de Estabia as decorações nos tetos e paredes.

Lavanderia di Stephanus
Era um edifício onde funcionava, desde o princípio de sua construção, uma lavanderia e tinturaria muito requisitada pelas diversas oficinas têxteis que se valiam de seus serviços. Sabemos que seu proprietário se chamava Stephanus devido a uma propaganda eleitoral pintada na fachada da lavanderia.
Aqui havia bacias e grandes tanques para a lavagem dos tecidos, terraço para a secagem e até uma prensa para passar roupas. Havia também um local para a coleta de urina humana, muito requisitada naquele tempo para alvejar e tirar manchas de tecidos (santa química moderna! Imaginemse tivéssemos que usar xixi na máquina de lavar roupa).


Era um edifício onde funcionava, desde o princípio de sua construção, uma lavanderia e tinturaria muito requisitada pelas diversas oficinas têxteis que se valiam de seus serviços. Sabemos que seu proprietário se chamava Stephanus devido a uma propaganda eleitoral pintada na fachada da lavanderia.
Aqui havia bacias e grandes tanques para a lavagem dos tecidos, terraço para a secagem e até uma prensa para passar roupas. Havia também um local para a coleta de urina humana, muito requisitada naquele tempo para alvejar e tirar manchas de tecidos (santa química moderna! Imaginemse tivéssemos que usar xixi na máquina de lavar roupa).


Thermopolium
Era o "fast food" de Pompeia, uma espécie de McDonald's onde eram vendidos, no lugar dos famosos hambúrgueres, o garum (um molho feito com peixes em salmoura) e outros pratos rápidos. No caixa deste restaurante foram encontradas várias moedas, o rendimento do dia.

Era o "fast food" de Pompeia, uma espécie de McDonald's onde eram vendidos, no lugar dos famosos hambúrgueres, o garum (um molho feito com peixes em salmoura) e outros pratos rápidos. No caixa deste restaurante foram encontradas várias moedas, o rendimento do dia.

Casa di Octavius Quartio
É outra das diversas casas luxuosas de Pompeia, mas seu diferencial é o jardim, o mais vasto da cidade. Juntamente com a casa, ocupa quase todo o quarteirão da Via dell'abbondanza.
O famoso jardim foi recentemente reorganizado com a flora original. Era um local usado para os ritos noturnos dos seguidores de Ísis, como se pôde deduzir a partir do canal de 50 mt que percorria o jardim e que talvez provocasse uma inundação como as que ocorria no Vale do Nilo para a fertilização do terreno.

É outra das diversas casas luxuosas de Pompeia, mas seu diferencial é o jardim, o mais vasto da cidade. Juntamente com a casa, ocupa quase todo o quarteirão da Via dell'abbondanza.
O famoso jardim foi recentemente reorganizado com a flora original. Era um local usado para os ritos noturnos dos seguidores de Ísis, como se pôde deduzir a partir do canal de 50 mt que percorria o jardim e que talvez provocasse uma inundação como as que ocorria no Vale do Nilo para a fertilização do terreno.

Casa di Giulia Felice (Casa di Júlia Félix)
Na verdade, trata-se de uma villa que ocupa um terreno correspondente a duas insulas. Um terço da área é ocupada pela habitação e a outra restante pela horta.
Depois do terremoto de 62 d.C. que devastou Pompeia, a proprietária desta elegante e luxuosa casa decidiu alugar, por um período não superior a 5 anos, uma parte de seus cômodos aos desabrigados que não conseguiam um alojamento.

Na verdade, trata-se de uma villa que ocupa um terreno correspondente a duas insulas. Um terço da área é ocupada pela habitação e a outra restante pela horta.
Depois do terremoto de 62 d.C. que devastou Pompeia, a proprietária desta elegante e luxuosa casa decidiu alugar, por um período não superior a 5 anos, uma parte de seus cômodos aos desabrigados que não conseguiam um alojamento.

Orto dei Fuggiaschi (Horta dos Fugitivos)
Representa a dramática cena de pessoas que tentavam fugir de Pompeia durante a erupção do Vesúvio em 79 d.C. Os arqueólogos encontraram os corpos de 13 pessoas, entre elas famílias inteiras, crianças e até uma mulher grávida, na horta de uma casa rústica em 1961.
Andando por Pompeia, é fácil encontrar os corpos engessados (uma técnica da qual falarei mais adiante) das pessoas que, em vão, fugiam da tragédia vesuviana. Mas não nos impressiona tanto quanto ao que vemos neste lugar; talvez pela quantidade de pessoas, pelo fato de ter crianças no meio ou pela posição dos corpos, muitos deles tentando proteger a si mesmo ou os filhos.

Representa a dramática cena de pessoas que tentavam fugir de Pompeia durante a erupção do Vesúvio em 79 d.C. Os arqueólogos encontraram os corpos de 13 pessoas, entre elas famílias inteiras, crianças e até uma mulher grávida, na horta de uma casa rústica em 1961.
Andando por Pompeia, é fácil encontrar os corpos engessados (uma técnica da qual falarei mais adiante) das pessoas que, em vão, fugiam da tragédia vesuviana. Mas não nos impressiona tanto quanto ao que vemos neste lugar; talvez pela quantidade de pessoas, pelo fato de ter crianças no meio ou pela posição dos corpos, muitos deles tentando proteger a si mesmo ou os filhos.

Anfiteatro
Como toda colônia romana, Pompeia também tinha seu anfiteatro. Sua construção foi financiada por dois ilustres representantes do governo da cidade, com capacidade para aproximadamente 20000 espectadores que iam assistir aos violentos e sanguinosos espetáculos com gladiadores e animais ferozes.
O local era fechado durante o inverno ou quando estava muito quente. Assim como o Coliseu, o anfiteatro de Pompeia também possuía toldos para proteger os espectadores do sol forte.
Se você pensa que brigas em estádio é um fato dos nossos dias, está enganado. Em 59 d.C., o historiador romano Tácito narrou uma briga entre "torcedores" de Pompeia e Nocera (uma cidade próxima) que causou muitos mortos e feridos. O anfiteatro ficou fechado aos jogos por 10 anos e as organizações de torcedores extintas por lei. Foi reaberto somente depois de 62, graças à intervenção de Popeia, segunda esposa do imperador Nero.

Como toda colônia romana, Pompeia também tinha seu anfiteatro. Sua construção foi financiada por dois ilustres representantes do governo da cidade, com capacidade para aproximadamente 20000 espectadores que iam assistir aos violentos e sanguinosos espetáculos com gladiadores e animais ferozes.
O local era fechado durante o inverno ou quando estava muito quente. Assim como o Coliseu, o anfiteatro de Pompeia também possuía toldos para proteger os espectadores do sol forte.
Se você pensa que brigas em estádio é um fato dos nossos dias, está enganado. Em 59 d.C., o historiador romano Tácito narrou uma briga entre "torcedores" de Pompeia e Nocera (uma cidade próxima) que causou muitos mortos e feridos. O anfiteatro ficou fechado aos jogos por 10 anos e as organizações de torcedores extintas por lei. Foi reaberto somente depois de 62, graças à intervenção de Popeia, segunda esposa do imperador Nero.

Palestra Grande (Ginásio Grande)
Era o maior espaço público da cidade dedicado aos jovens. Na época de Augusto, as práticas esportivas tinham uma única finalidade: impor às novas gerações a ideologia imperial. Por isso a criação, por parte do imperador, de associações juvenis chamadas collegia iuvenum.

Sugiro esta galeria de fotos de Pompeia porque as minhas saíram um horror:
Para chegar em Pompeia
De trem: da estação ferroviária central de Nápoles, procure a indicação para a linha regional Circumvesuviana. Antes de embarcar, compre o biglietto giornaliero U3 (custa €4,60 e dá direito à viagem de ida e volta) e não esqueça de convalidá-lo nas maquininhas (se você sobe no trem com o bilhete não convalidado, a multa é de €50 ou mais!).
Pegue o trem que vá na direção de Sorrento e desça na estação Pompei Scavi-Villa dei Misteri (há outras paradas em Pompei, mas esta é a mais próxima da cidade arqueológica)
Os trens saem a cada duas horas e o percurso dura cerca de 35 minutos (confira os horários aqui).
De ônibus: partindo de Nápoles (estação ferroviária central ou porto, travessa Immacolatella), pegue um ônibus da companhia SITA que vai para Salerno e desça no ponto Pompei Scavi.
A duração é de 35 minutos também (confira os horários aqui). O custo do bilhete é de €3,30 (informação do yahoo resposta) e pode ser comprado em qualquer bar, banca de jornal ou tabaccheria próximo ao ponto onde passa o ônibus (e é só dizer ao vendedor que quer um bilhete para Pompei).
De carro: sempre de Nápoles, pegue a rodovia A3 Napoli-Salerno e entre na Uscita Pompei Ovest. Se você tiver vindo do sul, pegue a mesma rodovia e entre na Uscita Pompei Est. Alguns estacionamentos são a pagamento, outros têm faixa horária e dias da semana. Prepare uma gorjetinha para os "vigias" de estacionamento que eles saberão cuidar do seu carro.
Ao chegar em Pompeia
- A entrada custa €11 e vale o dia todo. Se for visitar também Herculano, Oplontis, Stabia e Boscoreale, tem um ingresso que custa €20 com duração de 3 dias. Cidadãos europeus entre 18 e 24 anos e professores efetivos têm redução de 50% e aos cidadãos europeus com menos de 18 e com mais de 65 anos a entrada é gratuita (prévia comprovação com documento de identificação e com foto válido). Informação detalhada aqui.
- Pegue os materiais informativos e mapas distribuídos gratuitamente para você se orientar. Os percursos são bem sinalizados, mas eu aconselho usar um mapa para não dar muitas voltas e saber o que visitar. Se você gosta de explicações, há audioguias em várias línguas (só o português que é raro) que podem ser alugados na recepção.
- Leve chapéu, protetor, sombrinhas e água para os dias quentes (aqui na Itália o calor é bem forte e no sul costuma ser mais ainda, mesmo em setembro e outubro). Use roupas e sapatos cômodos porque você vai andar muito pelas ruas pedregosas.
Informações do blog do Márcio, Tô indo para a Itália, e do site Soprintendenza archeologica di Pompei
E aqui chegamos ao final da vista por Pompeia. Espero que ajude um pouco em sua viagem àquelas terras encantadoras. Sugiro também uma visita à parte nova de Pompeia e à Herculano, Oplontis, Stabia e Boscoreale (da próxima vez quero ir pelo menos a Herculano).
Vou fazer um post (na verdade mais de um) com curiosidades sobre a vida de Pompeia e um filminho sobre o último dia da cidade. Aguardem!
Algumas fotos e imagens usadas foram retiradas da internet através da busca feita pelo google imagens. O principal material para a publicação do presente texto é o livro Pompei - Guida alla città archeologica. Come si viveva nella città sepolta dal Vesuvio 2000 anni fa, da editora Marius.
Vou fazer um post (na verdade mais de um) com curiosidades sobre a vida de Pompeia e um filminho sobre o último dia da cidade. Aguardem!
Algumas fotos e imagens usadas foram retiradas da internet através da busca feita pelo google imagens. O principal material para a publicação do presente texto é o livro Pompei - Guida alla città archeologica. Come si viveva nella città sepolta dal Vesuvio 2000 anni fa, da editora Marius.
terça-feira, 26 de julho de 2011
Itinerários de Pompeia (Parte II)
Como havia prometido no post anterior, segue a continuação do itinerário proposto para vistar a cidade antiga de Pompeia. Lembrando que é sempre bom (digo por experiência própria) planejar antes o que visitar e levar um mapinha para se orientar melhor.
Se você tem até quatro horas em Pompeia, poderá visitar:
Os percursos sugeridos na primeira parte do post e mais:
Tempio di Iside (Templo de Ísis)
Ísis é uma deusa egípcia e seu culto se difundiu no mundo helênico graças ao contato dos gregos com o Egito. Em Pompeia ganhou seguidores por causa da influência grega e dos acordos comerciais desta colônia romana com o mundo oriental.
O templo dedicado a Ísis em Pompeia foi construído entre o fim do século II e dos primeiros decênios do século I a.C. e totalmente reconstruído depois do terremoto de 62 a.C. por iniciativa de um escravo liberto que se tornou rico. Este, não podendo ter acesso ao conselho dos decuriões, ordenou a obra em nome de seu filho de apenas 6 anos de idade, como podemos ler em uma inscrição na porta de entrada do tempo.
O templo dedicado a Ísis em Pompeia foi construído entre o fim do século II e dos primeiros decênios do século I a.C. e totalmente reconstruído depois do terremoto de 62 a.C. por iniciativa de um escravo liberto que se tornou rico. Este, não podendo ter acesso ao conselho dos decuriões, ordenou a obra em nome de seu filho de apenas 6 anos de idade, como podemos ler em uma inscrição na porta de entrada do tempo.
A descoberta de uma estátua de Doríforo, símbolo de força e juventude, fez os arqueólogos pensarem a uma academia esportiva este espaço circundado por colunas nas adjacências do Teatro Grande. Era, porém, a sede de uma associação militar dos jovens de Pompeia que lá treinavam para desfiles e competições oficiais.
A academia se situava em um edifício do século II a.C. com colunas dóricas em tufo.
A academia se situava em um edifício do século II a.C. com colunas dóricas em tufo.

Foro Triangolare (Fórum Triangular)
Está situado no alto de um morro, em uma posição bem visível do mar. A praça (como expliquei no outro post, o forum romano nada mais era que a praça central de uma cidade, onde se desenvolviam as atividades administrativas, judiciais, religiosas e comerciais), com características helênicas, era composta por uma galeria de 95 colunas jônicas do século III a.C., pelo Templo Dórico (do século VI a.C., dedicado primeiramente a Hércules e, mais tarde, a Minerva), uma área teatral e por duas academias de ginástica.
Está situado no alto de um morro, em uma posição bem visível do mar. A praça (como expliquei no outro post, o forum romano nada mais era que a praça central de uma cidade, onde se desenvolviam as atividades administrativas, judiciais, religiosas e comerciais), com características helênicas, era composta por uma galeria de 95 colunas jônicas do século III a.C., pelo Templo Dórico (do século VI a.C., dedicado primeiramente a Hércules e, mais tarde, a Minerva), uma área teatral e por duas academias de ginástica.
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Planta da área onde está situado o Fórum Triangular |
Reconstrução do Fórum Triangular |
Parte das colunas do Fórum Triangular hoje |
Teatro Grande
De característica grega, este teatro foi construído no século II a.C. aproveitando o declívio natural do terreno. Na época do imperador Augusto, os irmãos Holconius, oriundos de uma rica família de viticultores, financiaram a ampliação e restauração do Teatro Grande.
O teatro tinha uma capacidade para 5000 pessoas que eram distribuídas em três faixas de lugares e divididas por corredores. Na ima cavea (as arquibancandas mais laterais) estavam os lugares reservados aos decuriões e nas primeiras fileiras da media cavea (o centro) aos representantes das corporações. Entre esses lugares, havia um exclusivo (marcado por uma inscrição em bronze) ao mais velho dos irmãos Holconius, Marcus. O restante dos lugares era destinado ao povo e quanto mais pobre era um cidadão, mais ao alto ele ficava, lá na summa cavea).
As arquibancadas eram cobertas por lastras de mármore, saqueadas após a tragédia causada pelo Vesúvio. Na parte mais alta delas havia toldos para proteger os espectadores do sol forte, pois naquela época as manifestações teatrais não eram só à noite.

De característica grega, este teatro foi construído no século II a.C. aproveitando o declívio natural do terreno. Na época do imperador Augusto, os irmãos Holconius, oriundos de uma rica família de viticultores, financiaram a ampliação e restauração do Teatro Grande.
O teatro tinha uma capacidade para 5000 pessoas que eram distribuídas em três faixas de lugares e divididas por corredores. Na ima cavea (as arquibancandas mais laterais) estavam os lugares reservados aos decuriões e nas primeiras fileiras da media cavea (o centro) aos representantes das corporações. Entre esses lugares, havia um exclusivo (marcado por uma inscrição em bronze) ao mais velho dos irmãos Holconius, Marcus. O restante dos lugares era destinado ao povo e quanto mais pobre era um cidadão, mais ao alto ele ficava, lá na summa cavea).
As arquibancadas eram cobertas por lastras de mármore, saqueadas após a tragédia causada pelo Vesúvio. Na parte mais alta delas havia toldos para proteger os espectadores do sol forte, pois naquela época as manifestações teatrais não eram só à noite.

Caserma dei Gladiatori (Quartel dos Gladiadores)
O terreno situado atrás do Teatro Grande foi destinado, nos últimos anos da antiga Pompeia, a sede da organização dos gladiadores que se exibiam na cidade. Era um edifício com quatro pórticos de 74 colunas dóricas que, originalmente, servia o público que frequentava o teatro, seja para uma refeição que para o reparo nos dias de chuva.
Provavelmente, o uso daquele espaço destinado ao teatro foi, por anos, também a sede de uma organização responsável pela formação intelectual, esportiva e militar dos jovens de Pompeia.
O terreno situado atrás do Teatro Grande foi destinado, nos últimos anos da antiga Pompeia, a sede da organização dos gladiadores que se exibiam na cidade. Era um edifício com quatro pórticos de 74 colunas dóricas que, originalmente, servia o público que frequentava o teatro, seja para uma refeição que para o reparo nos dias de chuva.
Provavelmente, o uso daquele espaço destinado ao teatro foi, por anos, também a sede de uma organização responsável pela formação intelectual, esportiva e militar dos jovens de Pompeia.

Odeon
Foi construído no início da colônia romana com o financiamento dos duoviri (magistrados). Era um teatro coberto e usado para as apresentações musicais e declamações de versos. Aqui também havia lugares reservados, em mármore, para os altos magistrados.
Foi construído no início da colônia romana com o financiamento dos duoviri (magistrados). Era um teatro coberto e usado para as apresentações musicais e declamações de versos. Aqui também havia lugares reservados, em mármore, para os altos magistrados.
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Reconstrução do Odeon por Francesco Corni |

Odeon hoje |
Casa dei Ceii
Foi assim batizada pelos arqueólogos por causa de nove manifestos eleitorais pintados na fachada externa. Além deles, a casa possui outras pinturas decorativas que representam paisagens egípcias.

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Cenas de caça pintadas na parede de frente ao jardim da Casa dei Ceii |
Casa del Menandro (Casa de Menandro)
Apesar do nome, a tal casa pertencia a Quinto Popeu mas foi batizada assim por causa de um afresco do poeta Menandro, encontrado em um cômodo da casa.
A casa ocupa mais ou menos 2000 metros quadrados e segue o padrão da casa romana. Suas paredes são repletas de afrescos com cenas gregas e egípcias. O proprietário fez construir uma terma (as precursoras dos banheiros atuais e que na época era um luxo para poucos), um depósito para o vinho, estalas e uma grande área destinadas aos criados.

Apesar do nome, a tal casa pertencia a Quinto Popeu mas foi batizada assim por causa de um afresco do poeta Menandro, encontrado em um cômodo da casa.
A casa ocupa mais ou menos 2000 metros quadrados e segue o padrão da casa romana. Suas paredes são repletas de afrescos com cenas gregas e egípcias. O proprietário fez construir uma terma (as precursoras dos banheiros atuais e que na época era um luxo para poucos), um depósito para o vinho, estalas e uma grande área destinadas aos criados.

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A resistência de Cassandra ao rapto de Ulisses, uma das pinturas encontradas nas paredes da Casa de Menandro inspiradas na Guerra de Troia. |
Casa di Sallustio (Casa de Salústio)
A casa deste poeta latino é uma das mais antigas de Pompeia, construída no século III a.C. Na fachada da casa havia quatro mercearias, um bar e uma padaria equipada com moedor e forno de lareira. Alguns arqueólogos afirmam que, pela proximidade com a Porta Herculano, a casa foi transformada em hotel, com vários quartos no andar de cima e restaurante.

A casa deste poeta latino é uma das mais antigas de Pompeia, construída no século III a.C. Na fachada da casa havia quatro mercearias, um bar e uma padaria equipada com moedor e forno de lareira. Alguns arqueólogos afirmam que, pela proximidade com a Porta Herculano, a casa foi transformada em hotel, com vários quartos no andar de cima e restaurante.

Porta Ercolano e Necropoli (Porta Herculano e Necrópole)
Pela Porta Herculano entravam as carroças que vinham do porto e era por aqui também que passava todo o trânsito comercial em direção a Nápoles. Por essa razão era uma das principais portas de Pompeia.
Atravessando a Porta Herculano tinha-se acesso à Necrópole, a cidade dos mortos, como chamavam os gregos. Neste grande cemitério, existente desde o início da fundação da colônia (80 a.C.) até o fim dela (79 d.C.), estão enterrados mais célebres personagens de Pompeia e a distinção da classe social é visível nos túmulos construídos.
Pela Porta Herculano entravam as carroças que vinham do porto e era por aqui também que passava todo o trânsito comercial em direção a Nápoles. Por essa razão era uma das principais portas de Pompeia.
Atravessando a Porta Herculano tinha-se acesso à Necrópole, a cidade dos mortos, como chamavam os gregos. Neste grande cemitério, existente desde o início da fundação da colônia (80 a.C.) até o fim dela (79 d.C.), estão enterrados mais célebres personagens de Pompeia e a distinção da classe social é visível nos túmulos construídos.
Porta Herculano |
Banquinhos com cobertura à entrada da Porta Herculano |
Uma sepultura da Necrópole |
A Necrópole |
Villa di Diomede (Villa de Diomedes)
É uma villa luxuosa situada fora da Porta Herculano. Além dos cômodos que toda domus ou villa tinha, a de Diomedes possuía termas, uma piscina, uma sala de jantar externa e outra com vista para o mar e um espaçoso jardim. Os arqueólogos encontraram, durante as escavações de 1771 e 1774, os corpos dos donos da casa, todos cheios de joias e moedas, que tentavam escapar da tragédia do Vesúvio.
É uma villa luxuosa situada fora da Porta Herculano. Além dos cômodos que toda domus ou villa tinha, a de Diomedes possuía termas, uma piscina, uma sala de jantar externa e outra com vista para o mar e um espaçoso jardim. Os arqueólogos encontraram, durante as escavações de 1771 e 1774, os corpos dos donos da casa, todos cheios de joias e moedas, que tentavam escapar da tragédia do Vesúvio.
Villa dei Misteri (Villa dos Mistérios)
É a villa extra-urbana mais famosa da área que circunda o vulcão Vesúvio. Representa uma transformação social, ocorrida no século I d.C., quando as famílias nobres e antigas de Pompeia decidem viver fora do caos da cidade e do novo estilo de vida, caracterizado pela predominância política e cultural das "rudes classes comerciais".
A fama desta casa se deve a uma sequência de pinturas representando cenas teatrais nas paredes da sala de jantar. O "mistério" dessas pinturas está na sua interpretação. Dentre as várias hipóteses sobre seu significado, prevalece aquela que afirma que tais pinturas ilustram as fases do ritual de iniciação de uma jovem, talvez uma noiva, aos mistérios dionisíacos. No culto dionisíaco as orgias eram muito frequentes, mas nestas pinturas foram um pouco censuradas, talvez por causa das proibições do Senado de Roma e das severas penas aos praticantes do tal culto.
É a villa extra-urbana mais famosa da área que circunda o vulcão Vesúvio. Representa uma transformação social, ocorrida no século I d.C., quando as famílias nobres e antigas de Pompeia decidem viver fora do caos da cidade e do novo estilo de vida, caracterizado pela predominância política e cultural das "rudes classes comerciais".
A fama desta casa se deve a uma sequência de pinturas representando cenas teatrais nas paredes da sala de jantar. O "mistério" dessas pinturas está na sua interpretação. Dentre as várias hipóteses sobre seu significado, prevalece aquela que afirma que tais pinturas ilustram as fases do ritual de iniciação de uma jovem, talvez uma noiva, aos mistérios dionisíacos. No culto dionisíaco as orgias eram muito frequentes, mas nestas pinturas foram um pouco censuradas, talvez por causa das proibições do Senado de Roma e das severas penas aos praticantes do tal culto.
O moedor de uvas para a produção de vinho |
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As famosas pinturas "misteriosas" da Villa dei Misteri representando as cenas de uma iniciação ao culto dionisíaco |
Continuação das pinturas com o rito de iniciação dionisíaco. Pena que não estava com uma boa máquina fotográfica (e a minha antiga tinha pouca memória) |
Para chegar em Pompeia
De trem: da estação ferroviária central de Nápoles, procure a indicação para a linha regional Circumvesuviana. Antes de embarcar, compre o biglietto giornaliero U3 (custa €4,60 e dá direito à viagem de ida e volta) e não esqueça de convalidá-lo nas maquininhas (se você sobe no trem com o bilhete não convalidado, a multa é de €50 ou mais!).
Pegue o trem que vá na direção de Sorrento e desça na estação Pompei Scavi-Villa dei Misteri (há outras paradas em Pompei, mas esta é a mais próxima da cidade arqueológica)
Os trens saem a cada duas horas e o percurso dura cerca de 35 minutos (confira os horários aqui).
De ônibus: partindo de Nápoles (estação ferroviária central ou porto, travessa Immacolatella), pegue um ônibus da companhia SITA que vai para Salerno e desça no ponto Pompei Scavi.
A duração é de 35 minutos também (confira os horários aqui). O custo do bilhete é de €3,30 (informação do yahoo resposta) e pode ser comprado em qualquer bar, banca de jornal ou tabaccheria próximo ao ponto onde passa o ônibus (e é só dizer ao vendedor que quer um bilhete para Pompei).
De carro: sempre de Nápoles, pegue a rodovia A3 Napoli-Salerno e entre na Uscita Pompei Ovest. Se você tiver vindo do sul, pegue a mesma rodovia e entre na Uscita Pompei Est. Alguns estacionamentos são a pagamento, outros têm faixa horária e dias da semana. Prepare uma gorjetinha para os "vigias" de estacionamento que eles saberão cuidar do seu carro.
Ao chegar em Pompeia
- A entrada custa €11 e vale o dia todo. Se for visitar também Herculano, Oplontis, Stabia e Boscoreale, tem um ingresso que custa €20 com duração de 3 dias. Cidadãos europeus entre 18 e 24 anos e professores efetivos têm redução de 50% e aos cidadãos europeus com menos de 18 e com mais de 65 anos a entrada é gratuita (prévia comprovação com documento de identificação e com foto válido). Informação detalhada aqui.
- Pegue os materiais informativos e mapas distribuídos gratuitamente para você se orientar. Os percursos são bem sinalizados, mas eu aconselho usar um mapa para não dar muitas voltas e saber o que visitar. Se você gosta de explicações, há audioguias em várias línguas (só o português que é raro) que podem ser alugados na recepção.
- Leve chapéu, protetor, sombrinhas e água para os dias quentes (aqui na Itália o calor é bem forte e no sul costuma ser mais ainda, mesmo em setembro e outubro). Use roupas e sapatos cômodos porque você vai andar muito pelas ruas pedregosas.
Informações do blog do Márcio, Tô indo para a Itália, e do site Soprintendenza archeologica di Pompei
Algumas fotos e imagens usadas foram retiradas da internet através da busca feita pelo google imagens. O principal material para a publicação do presente texto é o livro Pompei - Guida alla città archeologica. Come si viveva nella città sepolta dal Vesuvio 2000 anni fa, da editora Marius.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Itinerários de Pompeia (Parte I)
Eis-me novamente depois de outro "sumiço". Desta vez foi por causa de uma pequena viagem de férias para o sul da Alemanha (que aliás é um país lindo, bem organizado e limpo), onde gostaria de morar se soubesse falar alemão :D Bom, mas vou deixar este assunto para um outro post e voltar a falar de Pompeia.
Já mencionei aqui um pouco da história de Pompeia e de como ela foi enterrada pelas lavas do Vesúvio em 79 d.C. Graças aos estudos e escavações arqueológicas, hoje é possível ver como se vivia naquela época através das ruínas de casas, templo e mercados. É uma viagem no tempo que vale muito a pena se aventurar, ainda mais para quem gosta de história e de antigas civilizações. Tudo isso a 20 km de Nápoles e com transporte público acessível.
Para facilitar a visita, já que a cidade antiga não é tão pequena assim, repasso um itinerário muito interessante e útil sugerido por um livro que tenho aqui em casa sobre Pompeia, cada qual pensado em base ao tempo que cada visitante tem à disposição. Foi nossa salvação e visitaríamos muito mais se não fosse o calor e as horas que teríamos pela frente de carro rumo à Toscana (por questão de praticidade, resolvi resumir e omitir alguns locais - dos mais de 60! - deixando apenas os mais interessantes e importantes).
Para facilitar a visita, já que a cidade antiga não é tão pequena assim, repasso um itinerário muito interessante e útil sugerido por um livro que tenho aqui em casa sobre Pompeia, cada qual pensado em base ao tempo que cada visitante tem à disposição. Foi nossa salvação e visitaríamos muito mais se não fosse o calor e as horas que teríamos pela frente de carro rumo à Toscana (por questão de praticidade, resolvi resumir e omitir alguns locais - dos mais de 60! - deixando apenas os mais interessantes e importantes).
Se você tem até 2 horas à disposição, sugiro visitar:
Villa Imperiale (Villa Imperial)
É uma villa do primeiro período imperial, situada à entrada do sítio arqueológico e fora dos muros que circundam a antiga cidade. Possui uma posição panorâmica sobre o Golfo de Nápoles devido ao declive natural da colina onde surgiu Pompeia. Foi destruída durante o terremoto de 62 a.C. e nunca recontruída. São visíveis algumas decorações inspiradas nos modelos helenísticos, como os afrescos que representam lendas da mitologia greco-romana.
Terme Suburbane (Termas Suburbanas)
Outro edifício situado fora dos muros que circundam a antiga Pompeia são as Termas Suburbanas. Não era um grande complexo termal e estava destinado a servir a periferia. Este edifício também possuía janelas com vista para o golfo e seguia o padrão das termas daquele tempo. Pensou-se até que o local fosse uma casa de prazeres por causa de algumas pinturas eróticas encontradas no vestiário.
Porta Marina
Nos tempos antigos, era o ingresso para aqueles que vinham do porto; hoje é a entrada principal do sítio arqueológico e está situada nas proximidades da estação ferroviária, o que facilita aos turistas. Parecida com uma torre, a Porta Marina oferece duas entradas diferentes em altura e largura: a maior, para o ingresso dos carros, e a menor, destinada aos pedestres.

Tempio di Venere (Templo de Vênus)
Silas dedicou a nova colônia romana a Vênus, nomeando-a Cornelia Veneria Pompeianorum. Não por acaso que o templo da deusa do amor e da beleza era um dos mais requintados e construído no ponto mais alto e panorâmico da cidade, de modo que ficasse bem visível para quem viesse do mar. À leste, ornado por dois pedestais com estátuas, tinha-se acesso às casas destinadas aos sacerdotes de Vênus.
Basilica
Até o IV século da era cristã, as basílicas eram edifícios públicos civis destinados a assembleias ou a administração da justiça, como o nosso atual fórum. Esse tipo de construção foi importado dos gregos pelos romanos e se difundiu por todo o império. Somente em313, com o Édito de Milão (quando o imperador Constantino consentiu a liberdade de culto aos cristãos) que as basílicas passaram a ser locais de culto.
A basílica de Pompeia era um imponente edifício do século II a.C. delimitado por 28 colunas grossas que chegavam a uma altura de aproximadamente 11 metros. Nos muros laterais, decorados com estuques, havia semi colunas em estilo jônico. Do lado oposto ao ingresso, com uma altura de cerca de 2 metros, tem-se o tribunal. Além das atividades judiciais, era muito comum tratar de negócios, como em uma Bolsa de Valores. Por ter um espaço muito amplo, a Basílica era muito frequentada pelo público que ia ao centro da cidade (já que não havia restrições de acesso).
Foro (Fórum)
No tempo dos romanos, o fórum era o coração da vida urbana, onde estavam concentradas as principais funções civis, religiosas e comerciais da cidade. Como todo forum, o de Pompei também estava situado no cruzamento de duas ruas importante da cidade, o cardus (sentido norte-sul) e o decumanus (sentido leste-oeste).
A praça mede 142 metros de comprimento por 38 de largura e era toda circundada por alpendres térreos com colunas. Ao fundo vemos o antigo Templo de Júpiter que, após a dominação romana, passou a ser o Capitolium, ou seja, o templo dedicado à tríade capitolina (Júpiter, Juno e Minerva), o que hoje chamaríamos de catedral. Do lado oposto encontram-se os Edifícios Municipais, destinados aos duoviri (uma espécie de prefeito dos dias de hoje), aos edili (que cuidavam da manutenção da cidade), aos decurioni (conselheiros municipais) e ao arquivo administrativo.
É possível identificar atualmente alguns dos principais edifícios religiosos, as sedes dos gabinetes públicos administrativos e judiciais e alguns mercados, tais como:
Villa Imperiale (Villa Imperial)
É uma villa do primeiro período imperial, situada à entrada do sítio arqueológico e fora dos muros que circundam a antiga cidade. Possui uma posição panorâmica sobre o Golfo de Nápoles devido ao declive natural da colina onde surgiu Pompeia. Foi destruída durante o terremoto de 62 a.C. e nunca recontruída. São visíveis algumas decorações inspiradas nos modelos helenísticos, como os afrescos que representam lendas da mitologia greco-romana.
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Villa Imperial |
O vôo de Dédalo e a queda de Ícaro, pintura encontrada em uma das paredes da Villa Imperial |
Terme Suburbane (Termas Suburbanas)
Outro edifício situado fora dos muros que circundam a antiga Pompeia são as Termas Suburbanas. Não era um grande complexo termal e estava destinado a servir a periferia. Este edifício também possuía janelas com vista para o golfo e seguia o padrão das termas daquele tempo. Pensou-se até que o local fosse uma casa de prazeres por causa de algumas pinturas eróticas encontradas no vestiário.
Porta Marina
Nos tempos antigos, era o ingresso para aqueles que vinham do porto; hoje é a entrada principal do sítio arqueológico e está situada nas proximidades da estação ferroviária, o que facilita aos turistas. Parecida com uma torre, a Porta Marina oferece duas entradas diferentes em altura e largura: a maior, para o ingresso dos carros, e a menor, destinada aos pedestres.

Tempio di Venere (Templo de Vênus)
Silas dedicou a nova colônia romana a Vênus, nomeando-a Cornelia Veneria Pompeianorum. Não por acaso que o templo da deusa do amor e da beleza era um dos mais requintados e construído no ponto mais alto e panorâmico da cidade, de modo que ficasse bem visível para quem viesse do mar. À leste, ornado por dois pedestais com estátuas, tinha-se acesso às casas destinadas aos sacerdotes de Vênus.
Reconstrução do templo de Vênus |
O que sobrou do templo |
Basilica
Até o IV século da era cristã, as basílicas eram edifícios públicos civis destinados a assembleias ou a administração da justiça, como o nosso atual fórum. Esse tipo de construção foi importado dos gregos pelos romanos e se difundiu por todo o império. Somente em313, com o Édito de Milão (quando o imperador Constantino consentiu a liberdade de culto aos cristãos) que as basílicas passaram a ser locais de culto.
A basílica de Pompeia era um imponente edifício do século II a.C. delimitado por 28 colunas grossas que chegavam a uma altura de aproximadamente 11 metros. Nos muros laterais, decorados com estuques, havia semi colunas em estilo jônico. Do lado oposto ao ingresso, com uma altura de cerca de 2 metros, tem-se o tribunal. Além das atividades judiciais, era muito comum tratar de negócios, como em uma Bolsa de Valores. Por ter um espaço muito amplo, a Basílica era muito frequentada pelo público que ia ao centro da cidade (já que não havia restrições de acesso).
Foro (Fórum)
No tempo dos romanos, o fórum era o coração da vida urbana, onde estavam concentradas as principais funções civis, religiosas e comerciais da cidade. Como todo forum, o de Pompei também estava situado no cruzamento de duas ruas importante da cidade, o cardus (sentido norte-sul) e o decumanus (sentido leste-oeste).
A praça mede 142 metros de comprimento por 38 de largura e era toda circundada por alpendres térreos com colunas. Ao fundo vemos o antigo Templo de Júpiter que, após a dominação romana, passou a ser o Capitolium, ou seja, o templo dedicado à tríade capitolina (Júpiter, Juno e Minerva), o que hoje chamaríamos de catedral. Do lado oposto encontram-se os Edifícios Municipais, destinados aos duoviri (uma espécie de prefeito dos dias de hoje), aos edili (que cuidavam da manutenção da cidade), aos decurioni (conselheiros municipais) e ao arquivo administrativo.
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Reconstrução do Fórum de Pompeia. Ao fundo vemos o Templo de Júpiter que depois passou a ser o Capitolium (templo dedicado ao deuses Júpiter, Juno e Minerva) |
O Forum hoje |
Parte dos Edifícicios Municipais |
É possível identificar atualmente alguns dos principais edifícios religiosos, as sedes dos gabinetes públicos administrativos e judiciais e alguns mercados, tais como:
- Tempio di Apollo (Templo de Apolo): na esquina da Via Marina com o Foro surge o templo dedicado ao deus Apolo, um culto grego que, através das colônias, foi transmitido às populações itálicas. Algumas teorias hipotizam que o templo já existia no século VI a.C., sendo reconstruído no século II a.C. (lembrando que na datação antes de Cristo os anos e séculos tinham uma numeração decrescente - quanto menor o número, mais novo era o ano ou o século). O novo templo, o que chegou aos nossos dias, era circundado por colunas coríntias e apresentava, do lado do altar (ou da ara, como era chamado), um relógio solar. Quando o centro de culto da cidade passou ao Templo de Júpiter, depois transformado em Capitolium, foram fechadas as portas que ligavam o Templo de Apolo ao Forum e, no lugar, foram colocados alguns nichos, ainda hoje visíveis.

- Edificio di Eumachia (Edifício de Eumaquia): Eumaquia era uma sacerdotisa de Vênus, esposa de um herdeiro de uma grande indústria têxtil. A ela foi dedicada uma estátua que ficava exposta nesse edifício (não se sabe ao certo se era a sede da corporação têxtil ou se fosse um local que a própria sacerdotisa dedicou para o culto do imperador Augusto ou ainda que fosse destinado para as duas atividades). À entrada do local, à direita, podemos notar um mictório. Em época romana, a urina humana era usada para alvejar tecidos (é mesmo nojento), por isso era muito requisitada. Como o Edifício de Eumaquia trabalhava com tecidos e era bem no centro da cidade, resolveu-se construir "vasos sanitários" para recolher o maior número possível de litros de urina.
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Entrada do Edifício de Eumaquia |
Mictório para a coleta de urina, usada como alvejante de tecidos |
- Tempio di Vespasiano (Templo de Vespasiano): templo edificado após 62 a.C para o culto do imperador Vespasiano. No altar do templo estão representados o sacrifício de um touro, uma coroa de folhas de carvalho e uma árvore de louro e objetos usados nos rituais de sacrifício.
- Santuario dei Lari Pubblici (Santuário dos Lares Públicos): os Lares Familiares eram divindades domésticas da mitologia romana que representavam os espíritos protetores dos parentes defuntos. Depois do terremoto de 62 a.C., que devastou Pompeia, foi construído um templo dedicado aos Lares Públicos para a proteção da cidade e à expiação das calamidades sofridas.
- Macellum: a norte do forum, do lado direito, realizado durante o império de Augusto encontramos o antigo mercado destinado à venda de gêneros alimentares. Era um edifício coberto e havia duas entradas: a principal, através do Fórum pela Via degli Augustali, e a secundária que se abria ao Vicolo del Balcone Pensile, obstruída mais tarde pelo Santuário dos Lares Públicos.
- Latrina: era o banheiro público do fórum, indispensável em uma cidade grande como Pompeia. Foi construído nos últimos anos de vida da cidade e seu uso era, como de costume, coletivo.

- Mensa Ponderaria: é uma pedra comprida com cavidades onde eram efetuadas, sob rigorosa vigilância dos magistrados municipais, a pesagem dos produtos destinados à venda, evitando assim o abuso dos comerciantes.

Terme del Foro (Termas do Fórum)
Eram as termas principais de Pompeia, localizadas no centro da cidade, logo depois do fórum. À época dos romanos, era muito comum o uso delas, já que não havia locais para o banho nas residências. O complexo termal foi construído no ano da fundação da colônia com fundos públicos e era muito frequentado tanto pelos cidadãos comuns como pelas autoridades. Era dividido em duas seções, uma masculina e outra feminina. O edifício dispunha de apodyterium (vestiário), frigidarium (sala para os banhos frios), tepidarium (sala para banhos mornos), calidarium (destinada aos banhos quentes), academia de ginástica e até aquecimento (o ar quente era produzido em um lugar contíguo através das caldeiras que também serviam para esquentar a água das piscinas).
Entrada das Termas do Fórum |
Apodyterium (vestiário) |
Frigidarium (sala para banhos com água fria) da seção masculina |
Calidarium (sala para banhos com água quente) |
Labrum (bacia com bordas largas) de mármore no calidarium (sala para banhos quentes) |
Casa del Poeta Tragico (Casa do Poeta Trágico)
Aqui começam as visitas pelas várias casas de Pompeia. Logo à entrada desta casa é possível ver um mosaico com o desenho de um cachorro e abaixo a escrita cave canem, algo como "cuidado, cão bravo!". Achei tão interessante este aviso porque nem imaginava que um aviso tão comum nos dias de hoje fosse usado já naquela época.
A Casa do Poeta Trágico representa bem o estilo de uma domus (a mansão nos tempos modernos) do período imperial romano: átrio, vestíbulo, larario (o que chamaríamos hoje de capela, destinado aos Lares, as divindades pretetoras das casas), peristilo (uma sala grande que, ao invés de paredes, possui colunas, não há teto e é destinado ao jardim da casa), um outro cômodo semelhante ao peristilo com uma piscina ao centro para a coleta da água pluvial, os cubicoli (nosso quarto de dormir), triclinium (sala de jantar), tablinium (escritório doméstico) e tantos afrescos e mosaicos simbolizando cenas da mitologia greco-romana, além dos outros cômodos, como a cozinha e os quartos dos servos.
A Casa do Poeta Trágico representa bem o estilo de uma domus (a mansão nos tempos modernos) do período imperial romano: átrio, vestíbulo, larario (o que chamaríamos hoje de capela, destinado aos Lares, as divindades pretetoras das casas), peristilo (uma sala grande que, ao invés de paredes, possui colunas, não há teto e é destinado ao jardim da casa), um outro cômodo semelhante ao peristilo com uma piscina ao centro para a coleta da água pluvial, os cubicoli (nosso quarto de dormir), triclinium (sala de jantar), tablinium (escritório doméstico) e tantos afrescos e mosaicos simbolizando cenas da mitologia greco-romana, além dos outros cômodos, como a cozinha e os quartos dos servos.
É uma das casas mais luxuosas e maiores de Pompeia, com seus 3 mil metros quadrados de superfície. Havia dois átrios, dois peristilos, quatro triclini (salas de jantar) e até uma pequena terma para os banhos (já que não era muito comum o uso de banheiros, como os de hoje, nas casas), praticamente um palacete. Construída durante o início do século II a.C., esta habitação foi assim batizada por causa de uma estátua de bronze representando um Fauno que enfeitava a piscina pluvial. Aqui foi encontrado um mosaico de mais de um milhão de peças representando a batalha entre Alexandre, o Grande e Dario III em Isso. O original, como quase todas as outras obras de arte encontradas em Pompei, estão conservados no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles.
Cópia da estátua de bronze do Fauno que enfeitava a piscina fluvial da casa |
Torre di Mercurio
Caminhando pela Via di Mercurio encontramos a torre que leva o mesmo nome, antigo posto de controle e defesa, inserida na muralha da cidade depois do século III a.C.. Da torre podemos observar Pompeia do seu ponto mais alto.

Casa dei Vetii
Esta luxuosa domus é praticamente uma galeria de artes doméstica. As escavações arqueológicas trouxeram à luz uma significativa coleção de pinturas decorativas, realizadas pelos melhores pintores de Pompeia a mando dos irmãos Aulo Vettio Restituto e Aulo Vettio Conviva, ricos comerciantes. Era uma forma de mostrar a própria riqueza e adquirir um status social mais seleto. As pinturas, bem como a estrutura da casa, estão ainda bem conservadas.

Lupanare (Lupanar)
Dizem que a prostituição é a profissão mais antiga do mundo. Pude comprovar esse dito quando visitei o bordel oficial de Pompeia. Aliás, era a atração mais badalada e a mais visitada: tinha fila para entrar, mal pude fotografar e muito menos ficar lá dentro olhando os detalhes porque cada turno de visitas demorava 10 ou 15 minutos no máximo. Tudo bem que o lugar é pequeno, mas é inegável que todo mundo queria ver como era uma "casa de prazeres" daquela época.
É uma casa de dois andares e com diversos quartos, iguais a uma cela de cadeia mas sem grades, mobiliados com camas de alvenaria. Não me lembro se a entrada era proibida a menores, mas entrar lá com uma criança na fase dos "porques" pode ser constrangedor. Logo à entrada, uma cena erótica: um Príapo segurando seus dois pênis eretos. Em cima de cada porta dos quartos das prostitutas há pinturas que mostram várias posições de acasalamento, uma espécie de propaganda que mostrava as "especialidades" de cada uma delas. Os frequentadores escreviam explicitamente nas paredes seus pareres sobre os "serviços" prestados. Quem comandava o lupanar era um proxeneta (vulgo cafetão ou chulo, como se diria em Portugal) que comprava as prostitutas como escravas, principalmente no Oriente, pelo preço médio de 600 sestertius (pelo que andei vendo pela internet, à época mais florescente de Pompeia 1 sestércio equivalia a 1,50 euro - cerca de 2,25 reais).
Cama de um dos quartos do lupanar |
Ainda não terminou! Segue a continuação dos itinerários nos próximos posts porque este aqui já estava ficando muito longo e cansativo. Por enquanto, fiquem com algumas dicas:
Para chegar em Pompeia
De trem: da estação ferroviária central de Nápoles, procure a indicação para a linha regional Circumvesuviana. Antes de embarcar, compre o biglietto giornaliero U3 (custa €4,60 e dá direito à viagem de ida e volta) e não esqueça de convalidá-lo nas maquininhas (se você sobe no trem com o bilhete não convalidado, a multa é de €50 ou mais!).
Pegue o trem que vá na direção de Sorrento e desça na estação Pompei Scavi-Villa dei Misteri (há outras paradas em Pompei, mas esta é a mais próxima da cidade arqueológica)
Os trens saem a cada duas horas e o percurso dura cerca de 35 minutos (confira os horários aqui).
De ônibus: partindo de Nápoles (estação ferroviária central ou porto, travessa Immacolatella), pegue um ônibus da companhia SITA que vai para Salerno e desça no ponto Pompei Scavi.
A duração é de 35 minutos também (confira os horários aqui). O custo do bilhete é de €3,30 (informação do yahoo resposta) e pode ser comprado em qualquer bar, banca de jornal ou tabaccheria próximo ao ponto onde passa o ônibus (e é só dizer ao vendedor que quer um bilhete para Pompei).
De carro: sempre de Nápoles, pegue a rodovia A3 Napoli-Salerno e entre na Uscita Pompei Ovest. Se você tiver vindo do sul, pegue a mesma rodovia e entre na Uscita Pompei Est. Alguns estacionamentos são a pagamento, outros têm faixa horária e dias da semana. Prepare uma gorjetinha para os "vigias" de estacionamento que eles saberão cuidar do seu carro.
Ao chegar em Pompeia
- A entrada custa €11 e vale o dia todo. Se for visitar também Herculano, Oplontis, Stabia e Boscoreale, tem um ingresso que custa €20 com duração de 3 dias. Cidadãos europeus entre 18 e 24 anos e professores efetivos têm redução de 50% e aos cidadãos europeus com menos de 18 e com mais de 65 anos a entrada é gratuita (prévia comprovação com documento de identificação e com foto válido). Informação detalhada aqui.
- Pegue os materiais informativos e mapas distribuídos gratuitamente para você se orientar. Os percursos são bem sinalizados, mas eu aconselho usar um mapa para não dar muitas voltas e saber o que visitar. Se você gosta de explicações, há audioguias em várias línguas (só o português que é raro) que podem ser alugados na recepção.
- Leve chapéu, protetor, sombrinhas e água para os dias quentes (aqui na Itália o calor é bem forte e no sul costuma ser mais ainda, mesmo em setembro e outubro). Use roupas e sapatos cômodos porque você vai andar muito pelas ruas pedregosas.
Informações do blog do Márcio, Tô indo para a Itália, e do site Soprintendenza archeologica di Pompei
Algumas fotos e imagens usadas foram retiradas da internet através da busca feita pelo google imagens. O principal material para a publicação do presente texto é o livro Pompei - Guida alla città archeologica. Come si viveva nella città sepolta dal Vesuvio 2000 anni fa, da editora Marius.