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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Benvenuti al Nord e o lugar-comum entre norte e sul


Na quarta-feira passada fui ao cinema assistir a mais um sucesso das bilheterias italianas: Benvenuti al Nord (Bem-vindo ao Norte), continuação da comédia Benvenuti al Sud (Bem-vindo ao Sul), ambas de Luca Miniero, que por sua vez é um remake do francês Bienvenue chez les Ch'tis (Bem-vindo ao Norte em Portugal e A Riviera Não é Aqui no Brasil), dirigido por Dany Boon em 2008. Mas o filme inspirador de todos eles foi, na verdade, Totò, Peppino e...la malafemmina, de 1956.

Cena do filme Totò, Peppino e...la malafemmina. Totò e Peppino são dois proprietários de terras do interior de Nápoles, acostumados à simplicidade de sua gente. Um dia decidem ir a Milão em busca do sobrinho fujão...

Só para entender melhor, o Benvenuti al Sud, versão italiana do Bienvenue chez les Ch'tis, conta a história de um diretor dos correios italianos que, por pressão da esposa neurótica, faz de tudo para ser transferido a Milão. Descoberto por uma fraude, é "punido" com uma transferência de um ano para uma cidadezinha pacata ao mar na província de Salerno, sul da Itália. Inicialmente fica triste e fechado às novas amizades por causa de tantos preconceitos ligados aos meridionais, mas aos poucos vai se acostumando e ganhando a confiança dos novos colegas, chegando até a levar a esposa e o filho para a nova residência. Na sequência, o novo amigo e colega do protagonista é transferido para Milão por causa de um mal-entendido. E assim continuam as cômicas divergências entre norte e sul e os preconceitos sobre os lugares de proveniência que, no final das contas, "acabam tudo em pizza". 


No Benvenuti al Nord encontrei muitas semelhanças com a sociedade brasileira e os preconceitos regionais que lá temos, bastaria só inverter os pólos. Quem sabe algum cineasta não resolve criar um remake do filme no Brasil?


segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

I giorni della merla


I giorni della merla (Os dias da melra) é uma antiga tradição italiana sobre os três dias mais frios do ano, ou seja, 29, 30 e 31 de janeiro. Se nesses dias fizer muito frio, a primavera sera bonita, caso contrário chegará atrasada.

Muitas são as lendas em torno dessa tradição. A mais conhecida conta a história de uma família de melros, pássaros muito semelhantes aos nossos sabiás mas com penas tão brancas quanto a neve, que moravam no telhado de uma casa em Milão. Certo dia,  o frio se tornou muito intenso e a comida começou a fazer falta, obrigando papai melro a procurá-la em outro lugar. Mamãe melra, buscando um lugar mais quentinho, refugiou-se com seus filhotes na chaminé de uma casa, de onde saiu depois de três dias, toda escura por causa da fuligem. A partir de então, todos os melros têm plumas escuras.


Outra lenda está ligada à história de uma moça, cujo sobrenome era Merla, apaixonada por seu primo que morava do outro lado da margem do rio Pó. O casamento dois dois foi marcado para o dia 29 de janeiro, época de muito frio que fez até congelar o rio. Foram três dias de muita festa e os noivos decidiram ir para o novo lar atravessando o rio congelado. Mas como a temperatura já estava mais amena, o gelo se quebrou com o peso da carruagem e a jovem esposa foi sugada pela fúria das águas do Pó, desaparecendo completamente. 



Fontes:

sábado, 28 de janeiro de 2012

Cantores italianos: Domenico Modugno

Artista multifuncional por excelência, Domenico Modugno conquistou a Itália e o mundo com suas músicas inovadoras e seu charme galanteador. Impossível não conhecer os famosos versos da música que o levou ao sucesso nos anos de 1950 e que o intitulou Mr. Volare (Senhor/Seu Volare) nos EUA.


Domenico Modugno nasceu no dia 9 de janeiro de 1928 em Polignano a Mare, cidade situada na província de Bari, na região da Puglia, sul da Itália. Aos 7 anos de idade, a família Modugno vai para a cidade de San Pietro Vernotico, província de Brindisi, também situada na Puglia, onde Domenico viveu boa parte de sua infância e adolescência. Graças aos ensinamentos do pai, o adolescente Modugno aprende a tocar violão e acordeom, aproximando-se cada vez mais do mundo musical. Em 1945, Domenico Modugno compôs suas primeiras músicas, embora nunca as tenha gravado.

Em 1947, às escondidas do pai, Domenico Modugno vai para Turim, no norte da Itália, em busca de melhores condições e trabalho. É convocado para o serviço militar em Bolonha e, após concluí-lo, volta em 1949 para sua San Pietro Vernotico. Deixa seu inconfundível bigodinho crescer e começa a se apresentar em festas do interior ou improvisando serenatas às jovens moças de sua cidade, conquistando não só as meninas mas a fama de mulherengo.

Como acontece a muitos jovens, a vida interiorana começa a fica monótona e então decide voltar a Turim e, de lá, a Roma, matriculando-se no Centro Sperimentale di Cinematografia, antiga e renomada escola de cinema na Itália. Ganha uma bolsa de estudos para frequentar o curso de atores e conhece sua futura esposa, Franca Gandolfi, siciliana e também aspirante atriz. Após apresentações noturnas como cantor no Circulo Artistico em Roma, Modugno finalmente atua na peça teatral Il borghese gentiluomo (1952) e, sucessivamente, nos filmes Anni facili (1953) e no episódio La giara do filme Questa è la vita (1954). 

Domenico queria ser ator, embora continuasse a se apresentar como cantor. Francesco De Robertis o convida para participar de seu filme, Carica eroica (1952), no papel de um soldado que tinha como função adormentar um menino. Canta em dialeto salentino Ninna Nanna (conhecida também por Ulìe ci tene ulìe), típica canção de ninar de San Pietro, abrindo, assim, as portas para as rádios. Apresenta diversos programas radiofônicos na RAI Radio 2, propondo músicas que seriam gravadas mais tarde. Foi convidado especial de um de seus programas de rádio Frank Sinatra, despertando os interesses dos diretores da RAI Radio.

No final de 1953, Domenico Modugno fecha contrato com a gravadora RCA Italiana, gravando os primeiros discos compostos por músicas em dialeto salentino e siciliano. Sua fonte de inspiração é a cultura popular das duas regiões, Puglia e Sicília, cujos temas são pescadores, mineiros, paisagens rurais e personagens pitorescos de sua saudosa San PietroVernotico. Foi nesta época que gravou a famosa Vecchio frack, que encontra problemas com a censura por causa de alguns versos considerados imoraiss para a época por aludir a um contato físico ("ad un attimo d'amore che mai più ritornerà", em português "a um momento de amor que nunca mais voltarà", foi substituído por "ad un abito da sposa, primo ed ultimo suo amor", que em português fica "a um vestido de noiva, primeiro e último amor seu"). 



Em 1955 grava seu primeiro LP, I successi di Domenico Modugno I que logo teve sua segunda edição, I successi di Domenico Modugno II. Algumas de suas antigas composições tiveram que ser registradas na SIAE (Società Italiana degli Autori ed Editori), entidade pública que cuida dos direitos de autoria, com co-autores já inscritos em tal sociedade, pois Domenico Modugno era classificado como "melodista" e não compositor. La donna riccia foi um exemplo de música que teve a co-autoria (e parte do dinheiro arrecadado com ela) de Romagnoli, embora este nunca tenha composto uma nota. Para sorte de Modugno, uma comissão se reuniu e decidiu que ele mesmo poderia registrar suas músicas na SIAE como único autor.

O novo contrato com a gravadora Fonit Cetra possibilitou a participação, como autor, de Domenico Modugno no Festival de San Remo de 1956. Sua música Musetto foi interpretada por Gianni Marzocchi e se classificou em 8º lugar. Nessa mesma época grava dois discos, Domenico Modugno e la sua chitarra - Un poeta un pittore un musicistaDomenico Modugno e la sua chitarra nº2 - Un poeta un pittore un musicista, e começa a escrever músicas em dialeto napolitano com um amigo conhecido na escola de cinema em Roma, Riccardo Pazzaglia. Lazzarella nasce com essa nova parceria e foi cantada, em dupla com Aurelio Fierro, no Festival di Napoli de 1957. A música e o disco, Strada 'nfosa, inspirada em um camelô de Paris (Domenico Modugno fez uma turnê na França) durante um dia chuvoso, fizeram grande sucesso.

No Festival de San Remo de 1958, Modugno e Johnny Dorelli se classificam triunfalmente com a música Nel blu dipinto di blu, mais conhecida como Volare. Escrita com Franco Migliacci, o mais novo sucesso da dupla ganha o mundo e se torna uma das músicas que mais simbolizam a Itália. Depois de San Remo, o novo sucesso italiano ficou classificado em 3º lugar no Festival Eurovisão da Canção, além de ganhar três Grammys e três discos de ouro como melhor música, disco e cantor. Começa aí sua popularidade, com inumeráveis turnês pelas Américas e diversos convites para participar de programas televisivos.



No ano seguinte, Modugno e Dino Verdi escrevem Piove, mais conhecida como Ciao ciao bambina, mais um sucesso conquistado no Festival de San Remo e regravada por tantos outros cantores italianos e estrangeiros. As vitórias em San Remo seguem em 1962 com Addio... addio... (Modugno e Claudio Villa) e em 1966 com Dio come ti amo (Modugno e a jovem Gigliola Cinquetti).




Em 1968, Modugno participa do Festival de San Remo com a música Meraviglioso que foi, porém, eliminada. Quarenta anos mais tarde, em 2008, ganha sucesso com uma versão mais moderna do grupo italiano Negramaro.






Na década de 1970 continua seu sucesso e surgem novos trabalhos, como La lontananza (escrita com Enrica Bonaccorti), La gabbia, Come stai, Tuta blu e Un calcio alla città, além de discos como Cavallo bianco, Tutto Modugno e Dal vivo alla Bussoladomani, um álbum ao vivo durante um show em Viareggio, província de Lucca, na Toscana.




Um derrame cerebral em 1984 afastou Domenico Modugno por um bom tempo do mundo artístico, o que o possibilitou a uma maior dedicação à política. Simpatizando-se com as atividades do Partido Radical a favor dos portadores de deficiência, candidata-se às eleições políticas em 1987, sendo eleito deputado. Chega a ocupar um lugar no Senado italiano, dedicando-se ao tema dos direitos aos portadores de deficiência e da tutela dos artistas. Batalhou para o fechamento do hospital psiquiátrico de Agrigento, na Sicília, onde os pacientes eram mantidos em condições desumanas, dedicando-lhes um show, o primeiro após seu derrame.


A partir da década de 1990 volta aos palcos. Em 1991, embora ainda um pouco debilitado, apresentou-se nas Termas de Caracalla, em Roma. No ano seguinte, é a vez de Turim, onde foi recebido com muita emoção pelos fãs que lotaram a Praça San Carlo. Em agosto de 1993 voltou a sua terra natal, Polignano a Mare, para seu último show e para "voltar às pazes" com seus conterrâneos depois da polêmica sobre seu verdadeiro lugar de origem (por questões de marketing, o cantor teve que dizer que era siciliano e não originário da Puglia). Foi uma manifestação que durou três dias e teve toda uma encenação profissional que invocava elementos da cultura local e de um filme do qual participou, Il sorpasso.


No dia 6 de agosto de 1994, com apenas 66 anos, Domenico Modugno deixa a Itália órfã de um de seus mais brilhantes artistas e uma rica herança cultural que marcou a história não só da música italiana. Foi redescoberto durante a década de 2000 por diversos cantores italianos e antigos colaboradores, regravando sucessos de Modugno. Em 2009, na cidade onde nasceu, foi erguida uma estátua em sua homenagem, idealizada e produzida pelo escultor argentino Hermann Mejer.


Estátua de Domenico Modugno em Polignano a Mare, Bari

Além de cantor, Domenico Modugno participou e atuou em diversos espetáculos teatrais, no cinema e na televisão como ator. Seus principais trabalhos foram:
1960:  ao lado de uma nova dupla de cômicos sicilianos, Franco Franchi e Ciccio Ingrassia, atua no filme Appuntamento a Ischia, dirigido por Mario Mattoli.
1961: depois de alguns meses inativo devido a uma fratura na perna, debuta como protagonista na comédia musical Rinaldo in campo, de Garinei e Giovannini. Além de sua atuação, participa também da composição de todas as músicas do espetáculo. Ainda no mesmo ano, em ocasião das comemorações do centenário da Unficação Italiana, apresenta-se no teatro Alfieri de Turim com a peça Rinaldo Dragonera, cujo tema principal é ligado aos acontecimentos que levaram à união da Itália.
1962: participa como ator e compositor das músicas da comédia teatral Tommaso d'Amalfi, de Eduardo de Filippo.
1963: foi autor-ator no filme autobiográfico Tutto è musica.
1965: protagonista da minissérie Scaramouche, de Daniele D'Anza. A música de abertura, L'avventura, escrita e cantada pelo próprio Modugno, tornou-se um de seus grandes sucessos.


1969: atuou na comédia musical Mi è cascata una ragazza nel piatto.
1973-1976: foi Mackier Messer em L'Opera da tre soldi (A Ópera dos Três Vinténs), dos alemães Bertolt Brecht e Kurt Weill, dirigida por Giorgio Strehler


Modugno também colaborou com grandes nomes da literatura italiana. Musicou as poesias de Salvatore Quasimodo, Ora che sale il giorno e Le morte chitarre. Pier Paolo Pasolini escreveu para Modugno Che cosa sono le nuvole e o convidou para participar dos filmes Uccellacci e uccellini (1966) e Capriccio all'italiana (1967).



sábado, 21 de janeiro de 2012

Cantores italianos: Laura Pausini

Resolvi criar um tópico no blog intitulado "Cantores italianos" com o intuito de apresentar aos lusófonos interessados em língua e cultura italiana um pouco mais do panorama musical do país. Inaugura o tema Laura Pausini que, além de ser uma cantora de grande prestígio no exterior, "acompanhou-me" muito durante meus estudos de italiano com sua bela voz e uma musicalidade cativante. E justamente hoje ela se apresenta em São Paulo na turnê de seu último álbum, Inedito.


Laura Pausini nasceu no dia 16 de maio de 1974 em Solarolo, um pequeno município da província de Ravenna, região da Emília-Romanha, situada no norte da Itália. Filha do músico Fabrizio Pausini, Laura herdou do pai uma grande inclinação pela música, participando inicialmente dos corais da igreja e, mais tarde, acompanhando o pai em espetáculos locais de piano-bar. Aos 8 anos de idade faz grande sucesso ao cantar Dolce Remi, música tema de um desenho animado da época. Aos 13 anos, grava em estúdio I sogni di Laura, álbum com composições próprias mas que, por questões legais, foi assinada pelo pai.

Foi em 1993 que sua carreira decolou ao vencer o prestigiado Festival de San Remo na categoria novos talentos com a famosíssima La Solitudine, música que atravessou fronteiras e ganhou o público de muitos países. Poucos meses depois, em 28 de maio de 1993, grava seu primeiro álbum, Laura Pausini, grande sucesso italiano e internacional com 3 milhões de cópias vendidas. No ano seguinte lança seu segundo disco, Laura, que a leva ao mercado discográfico internacional. Ainda em 1994 produziu seu primeiro álbum em espanhol, uma coletânea dos dois primeiros trabalhos, conquistando os fans internacionais. Em 1995 alcança o mercado discográfico de língua inglesa. O sucesso do Festival de San Remo ganhou uma versão em inglês com o nome La Solitudine (Loneliness).



Em seu terceiro disco, Le cose che vivi (1996), Laura aparece pela primeira vez como compositora. Entre os sucessos do álbum está Il mondo che vorrei que a cantora dedicou ao Unicef. No Brasil o disco teve 3 bonus tracks em português: Tudo o que eu vivo (Le cose che vivi), Inesquecível (Incancellabile) e Apaixonados como nós (Due innamorati come noi). Em dezembro se apresenta ao papa João Paulo II no tradicional Concerto di Natale no Vaticano. Sua primeira turnê mundial tem início na Suíça em março de 1997, ano em que recebe 80 discos de platina.

No início da carreira de Laura, a crítica musical classifica suas músicas como melosas e banais. O álbum La mia risposta (1998) parece mesmo ter sido uma resposta à crítica, que passa a considerá-la mais madura e evoluída do ponto de vista musical.

Em 1999 grava One more time para a trilha sonora do filme Uma carta de amor (Message in a Bottle). Em junho do mesmo ano participa do Pavarotti & Friends em Modena, Itália, exibindo sua performance em um dueto com Pavarotti cantando Tu che m'hai preso il cuor.



Tra te e il mare, nome da faixa homônima escrita pelo cantor italiano Biagio Antonacci, debuta como álbum em 2000. Ganha também uma versão espanhola com o nome Entre tú y mil mares e sucesso no Japão com The Extra Mile, uma das canções da trilha sonora do filme Pokémon, o Filme 2000: o Poder de Um (Pokémon, the Movie 2000: The Power of One). Sua primeira coletânea, The Best of Laura Pausini - E ritorno da te, é de 2001 que inclui um dueto com Gilberto Gil [Seamisai (Sei que me amavas)- não achei um vídeo com os dois] e uma faixa especial só no Brasil de Speranza, realizada para a novela Esperança (Globo, 2002). Em outubro grava com nomes importantes da América Latina Todo para ti, escrita por Michael Jackson em prol das famílias das vítimas do atentado de 11 de setembro em Nova York.

Laura Pausini se consolida cada vez mais no mundo artístico-musical da Itália e do mundo afora, participando e colaborando com grandes nomes nacionais e internacionais. Resta in ascolto é o novo trabalho da cantora em 2004, traduzido também em espanhol como o título Escucha, com a participação de grandes celebridades musicais, como Madonna. Em novembro de 2006 mais um álbum sai para sua coleção: Io canto, um cover de músicas italianas de grande sucesso, com direito a mais uma versão espanhola (Yo canto) e um bonus track da faixa principal em francês (Je chante). No dia 2 de junho de 2007 Laura Pausini é a primeira mulher a se apresentar no estádio de San Siro em Milão, rendendo um álbum live (San Siro 2007) que foi lançado em 47 países. Em novembro do mesmo ano, publica seu primeiro livro, Fai quello che sei. Io canto, com mais de 100 mil cópias vendidas.



Em novembro de 2008 mais um álbum de músicas inéditas é produzido por Laura, o Primavera in anticipo (em espanhol, contando com uma versão em espanhol, Primavera anticipada) com a participação de James Blunt em um dueto. Com o cantor e compositor Paolo Carta, é uma das produtoras da música ganhadora do Festival de San Remo 2009, La forza mia. No mesmo ano participa, juntamente com outros grandes cantores italianos, da gravação da música Domani 21/04.09 a favor das vítimas do terremoto em Abruzzo de abril de 2009. Organiza e se apresenta poucos meses depois em um show beneficiente com as maiores vozes femininas da Itália (Amiche per l'Abruzzo). O valor arrecadado é destinado à população afetada pelo terremoto em Abruzzo. No Brasil participa do Duetos, álbum em tributo aos 50 anos do nascimento de Renato Russo, líder do grupo Legião Urbana.







Laura Pausini anuncia uma pausa em 2010. Neste mesmo ano é lançado o DVD Amiche per l'Abruzzo. Volta em novembro de 2011 com Inedito (Inédito em espanhol), 11º álbum de inéditos da carreira, e uma turnê internacional por todo o ano de 2012.








No Brasil

A cantora italiana é muito famosa no Brasil, país sempre presente nas etapas de suas turnês internacionais. Suas músicas já foram temas de várias novelas brasileiras desde 1996 e ganharam versões em português, como a Inesquecível (Incancellabile) e Não Ter (Non c'è), popularizadas na voz de Sandy. Renato Russo gravou títulos como La Solitudine, Strani amori e Gente em seu álbum Equilíbrio Distante (1995).







quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Lago de Endine

Cá estou de volta pela primeira vez no ano, atrasadinha como sempre. Vim contar com mais detalhes sobre os lagos italianos, maravilhas espalhadas por toda a bota que encantam nossos olhos.

O escolhido hoje é o Lago de Endine, localizado na Val Cavallina, um dos inúmeros vales alpinos na província de Bergamo, no norte da Itália. Com uma superfície de pouco mais de 2 km2 e uma profundidade máxima de aproximadamente 9 metros, o Lago de Endine percorre 14 km de extensão banhando os municípios de Endine Gaiano, Monasterollo del Castello, Ranzanico e Spinone al Lago. Está situado a 340 m acima do nível do mar e é alimentado por diversas torrentes das montanhas que o circundam. Por apresentar uma rica variedade de fauna e flora, o lago é tutelado por uma entidade territorial da Região Lombardia, da qual pertence a província de Bergamo. 



Apresenta uma grande importância turística para a região. Suas águas calmas e límpidas atraem turistas em busca de um maior contato com a natureza ou amantes dos esportes aquáticos e da pesca lacustre. Todo o perímetro do lago é disposto de calçamento e apresenta amplas áreas onde é possível relaxar e contemplar a paisagem bucólica tomando sol ou se deliciando com um romântico pic-nic ou um divertido churrasquinho com os amigos. Alguns restaurantes às margens do lago disponibilizam o aluguel de pedalinhos ou de barcos e canoas. Barcos a motor são proibidos, o que torna um lugar mais tranquilo e seguro. Se o inverno é rígido, suas águas congelam parcial ou totalmente e logo se transforma em atração para adultos e crianças que vão passear ou patinar sobre as grossas calotas de gelo.






Interessantes e dignas de uma visita são as cidadezinhas costeiras ao lago, verdadeiras relíquias alpinas onde o tempo parece ter parado. Dos pontos altos nos municípios de Endine Gaiano, Ranzanico e Bianzano temos uma vista espetacular do lago e de parte do vale que o abriga. Spinone al Lago abriga a graciosa igreja de San Pietro in Vincoli, edificada no século XI, e Monasterolo, além de uma localidade balneária, possui um pequeno castelo medieval que outrora fora mosteiro beneditino.






Como chegar:


Carro 

  • a nordeste pela Statale 42, para quem vem da Valle Camonica e do extremo sul do Lago de Iseo;
  • a sudoeste pela da Statale 42, para quem chega de Milão-Bergamo (saída Autostrada A4 Milano-Venezia, pedágio de Bergamo ou de Seriate)
  • a sudeste pela Statale 510, para quem vem de Verona-Brescia (saída Austostrada A4 Milano-Venezia, pedágio Grumello del Monte).
Ônibus
  • Estação ferroviária de Bergamo. De lá, pegar os ônibus indicados acima
Aeroportos nas proximidades
  • Aeroporto de Bergamo - Orio al Serio (30 km)
  • Aeroporto de Brescia/Montichiari - Gabriele D'Annunzio (70 km)
  • Aeroporto de Milão - Linate (80 km)
  • Aeroporto de Milão - Malpensa (160 km)
  • Aeroporto de Verona - Valerio Catullo (160 km)

Onde comer e dormir: acesse aqui a lista completa dos restaurantes e aqui para os hotéis e B&B



Fontes: