Hoje por volta das 9 da manhã (horário italiano), enquanto me preparava para sair, tive uma sensação estranha. Um barulho, como se alguém tivesse subido no sotão, chamou-me atenção e, milésimos mais tarde, o cabo de ferro que serve para abrir a porta do sotão caiu. Vou para o corredor e sinto uma tontura, a casa balança de um lado para o outro como se um vento muito forte tivesse soprando. Olho para a direção do banheiro e vejo a porta da banheira tremer, aí entendo o que aconteceu: um terremoto! Tudo em questões de segundos.
De todos os meus cinco anos na Itália, já senti a casa tremer 4 vezes e por mais que eu saiba que se trata de um terremoto, custo a entender o que está acontecendo naquele instante. Talvez nosso subconsciente tenta negar a certeza para não entrarmos em pânico logo. Depois que passou só nos restam medo, incerteza e aquela sensação de impotência. E com eles a paranóia, como vem acontecendo comigo desde o terremoto de janeiro e, principalmente, do último sentido na região da Emilia Romagna; qualquer barulho, seja pelo vento ou dos vizinhos, já me faz alarmar.
O epicentro do terremoto desta vez foi em Mirandola, na província de Módena, situada na mesma região atingida nas últimas semanas. Foram três os abalos mais fortes: um às 9 (o mais forte deles, de magnitude 5,7), o segundo por volta das 10:30 e o último às 13, sentidos em diversas regiões do norte e centro da Itália. Segundo as agências de notícias, as vítimas chegam a 15 e diversas construções históricas, como igrejas, foram destruídas.
Meus sentimentos para as famílias das vítimas das áreas atingidas. Que a Emilia Romagna se reerga logo.
Telefones de emergência na Emilia Romagna:
- Comune Ferrara (Emergenze): 0532 771546 e 0532 771585
- Protezione Civile Modena: 059 200200
- Polizia Municipale Mirandola: 0535 611039 e 800197197
- Comune San Felice (Emergenze): 800 210644
- Comune di Cento: 333 2602730
Solidarizo-me as pessoas neste momento dificil.
ResponderExcluirSaudades da Italia e tristeza no coração!
E' muito triste ver as consequencias de um desastre natural, ainda mais em tempos de carestia.
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